Os portos brasileiros movimentaram 513 milhões de toneladas de carga no primeiro semestre de 2019. Este valor volume representou queda de 3,29% face aos primeiros seis meses do ano passado.
Segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), responsável pelo balanço, o fraco desempenho da economia brasileira e a retracção da economia mundial são os motivos da queda.
Os Terminais de Uso Privado (TUPs) responderam pela movimentação de 337 milhões de toneladas, registando queda de 4,04%. Já os portos públicos operaram 176 milhões de toneladas, decréscimo de 1,83%.
Das nove principais instalações portuárias do país, oito tiveram retracção no movimento de cargas no primeiro semestre, em comparação a igual período do ano passado. São eles os TUPs de Ponta da Madeira (MA), com retracção de 7%, Tubarão, que teve queda de 25,4%, São Sebastião, -0,5%, e Ilha Guaíba (RJ), -37,8%.
Menos embarques de minério de ferro
Segundo avança o jornal brasileiro A Tribuna, a queda da movimentação no primeiro semestre de 2019 foi motivada de forma directa pelo recuo nos embarques de minério de ferro, que é a mercadoria de maior peso bruto movimentado.
“O granel sólido de minério de ferro vem enfrentando problemas desde a ponta inicial da cadeia produtiva, devido ao rompimento de barragens e a um período atípico de chuvas intensas na região norte do país”, disse o gerente substituto de Estatística e Avaliação de Desempenho da Antaq, Leopoldo Kirchner.
Em todo o país, a operação de granéis sólidos somou 314,6 milhões de toneladas, uma queda de 6,8%. Já os granéis líquidos chegaram a 115,9 milhões de toneladas, em alta de 2,58%.
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