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Capturas de pescado caem 18,5% em Junho de 2024

O volume de capturas de pescado em Portugal diminuiu 18,5% (-16,5% em Maio) em Junho de 2024,  justificado pela menor captura de peixes marinhos (nomeadamente cavala), mas também de moluscos e crustáceos, avança o Instituto Nacional de Estatística (INE), no seu Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Agosto de 2024.

Às 11.086 toneladas de pescado correspondeu uma receita que totalizou 28.174 mil euros, valor que representou também um decréscimo de 3,4% (-12,2% em Maio), adiantam os técnicos do INE.

Na Região Autónoma dos Açores foram capturadas 998 toneladas de pescado, ou seja, um acréscimo de 27,3%, sobretudo consequência da maior captura de tunídeos. Já as 348 toneladas da Região Autónoma da Madeira representaram uma diminuição de 5,2%, devido essencialmente ao menor volume de tunídeos e de cavala capturados na região.

Acrescenta o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Agosto de 2024 que o volume de captura de peixes marinhos a nível nacional foi 9.905 toneladas e teve um decréscimo de 18,8% (-16,4% em Maio). Para esta situação contribuiu de forma significativa a menor quantidade de cavala (-65,1%), com apenas 1.728 toneladas. Registaram também reduções o carapau e carapau negrão (-4,7%), com 1.416 toneladas e o peixe-espada (-13,8%), com 420 toneladas capturadas.

Pelo contrário, registaram-se maiores volumes de captura de biqueirão (+34,9%), com 17 toneladas, tunídeos (+38,1%), com 591 e de sardinha (+29,8%), com 4 386 toneladas capturadas ao abrigo do Despacho N.º 4702-A/2024 de 30 de Abril, que determinou a reabertura da pesca da sardinha a partir das 00:00 horas do dia 2 de Maio de 2024.

Crustáceos com queda de 23%

Quanto ao volume de crustáceos (156 toneladas) teve uma diminuição de 23,0%, devido sobretudo à menor quantidade de gamba branca, lagostim, camarão, carabineiro, caranguejo mouro e perceves, adiantam os técnicos do INE.

As 1.020 toneladas de moluscos representaram igualmente um decréscimo de 14,2%, sendo de destacar o menor volume de choco, lulas, polvo e pota, bem como de alguns bivalves, nomeadamente as cadelinhas e o pé de burrinho.

Pode ler o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Agosto de 2024 aqui.

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