A produção de tomate para a indústria prevista pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) é de 1,57 milhões de toneladas, retomando níveis próximos dos alcançados em meados da década passada, quando se ultrapassaram, entre 2015 e 2017, os 1,5 milhões de toneladas, mas com áreas, em média, 22% superiores à da actual campanha.
Segundo o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Outubro de 2021, no final de Setembro, a colheita do tomate para a indústria estava praticamente no fim, prevendo-se a sua conclusão no final da primeira semana de Outubro.
As condições meteorológicas favoráveis, o apertado controlo fitossanitário e a boa mostra de frutos permitiu que a maioria das searas apresentasse rendimentos unitários elevados (em média, acima das 98 toneladas por hectare), o que deverá posicionar a actual campanha como a de maior produtividade desde que existem registos estatísticos sistematizados, realçam os técnicos do Instituto Nacional de Estatística.
De referir que, até à ocorrência de precipitação em Setembro, as entregas foram qualitativamente muito boas, alcançando bons graus Brix6 e índices de cor elevados, aspectos muito valorizados pela indústria. No entanto, após essa data, a qualidade geral diminuiu, com o surgimento de podridões e de alguma sobrematuração.
Setembro chuvoso
O mês de Setembro caracterizou-se, em termos meteorológicos, como chuvoso. O valor médio da precipitação, 66,8mm, foi 24,7mm superior à normal (1971-2000), tendo sido o quarto Setembro mais chuvoso desde 2000.
A precipitação concentrou-se principalmente em quatro dias (13, 14, 23 e 25) e ocorreu sob a forma de aguaceiros, por vezes fortes, acompanhados por trovoadas. Apenas nas regiões do litoral a Sul de Sines e nalgumas zonas dos distritos de Santarém e Setúbal o valor de precipitação foi inferior ao normal.
Agricultura e Mar Actual