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Brito e Abreu: Intercâmbio de experiências entre Açores e Madeira na aquacultura é muito útil

O secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia açoriano, Fausto Brito e Abreu, afirmou ontem, na ilha da Madeira, que o Governo dos Açores pretende “aproveitar a experiência da Madeira” ao nível da aquacultura para a aplicar no arquipélago, frisando que os Açores “têm um enorme potencial” nesta área.

“Queremos levar empresários a investir nos Açores e queremos trazer empresários dos Açores à Madeira para conhecerem o modelo de sucesso [de aquacultura] instalado cá”, afirmou Fausto Brito e Abreu, acrescentando que “o intercâmbio de experiências” entre as duas regiões nesta área é “muito útil”.

O secretário Regional do Mar, que falava aos jornalistas no final de uma visita ao Centro de Maricultura da Calheta, onde conheceu o trabalho desenvolvido na área da piscicultura, salientou que o objectivo da sua deslocação à Madeira é “dar seguimento e operacionalizar” o protocolo de cooperação sobre pescas e aquacultura que foi assinado aquando da recente visita do presidente do Governo Regional da Madeira aos Açores, Miguel Albuquerque, a convite do presidente do Governo, Vasco Cordeiro.

Nos Açores, frisou Brito e Abreu, “o Governo Regional tem tomado várias medidas” para promover esta indústria no arquipélago.

“Financiámos um estudo feito pela Universidade dos Açores, que fez o mapeamento nas nove ilhas dos Açores das zonas com potencial para instalações ‘offshore’ e ‘onshore’, e criámos um pacote de benefícios fiscais para empresas de aquacultura que se queiram sediar nos Açores”, salientou o secretário Regional.

Fausto Brito e Abreu referiu ainda que os empresários poderão investir nos Açores em jaulas ‘offshore’, tal como as que existem na Madeira, ou na produção de larvas de peixe em terra, frisando que o acesso à geotermia em alguns pontos pode ser “uma mais-valia competitiva” dos Açores.

Aproximação nas pescas

Para além da aquacultura, outra “área de interesse”, segundo o governante açoriano, é a aproximação das duas administrações regionais no sector das pescas, nomeadamente através da ‘exportação’ dos Açores para a Madeira do Programa de Observação das Pescas (POPA) em prática nos atuneiros açorianos, que, salientou Brito e Abreu, “favorece os armadores porque o atum [capturado] fica certificado a nível internacional com os selos ‘dolphin safe’ e ‘friend of the sea’”.

O secretário Regional do Mar afirmou que se pretende, no âmbito do protocolo assinado entre os dois governos regionais, que “seis embarcações da Madeira que se dedicam à pesca do peixe-espada preto pesquem nos Açores, integrando pescadores açorianos nas suas tripulações, possam transmitir-lhes conhecimentos” sobre esta pescaria, que tem pouca tradição na Região.

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