O Grupo Taylor’s vai recuper os seus antigos armazéns de Vinho do Porto. Um investimento superior a 100 milhões de euros que prevê a criação de 320 postos de trabalho. A empresa vai aproveitar o IFRRU 2020 e o Banco BPI entra com financiamento de 58 milhões de euros.
O BPI e o Grupo The Fladgate Partnership, detentor das marcas Taylor’s, Croft, Fonseca e Krohn, celebraram hoje, 1 de Junho, acordos de financiamento para o projecto de recuperação dos antigos armazéns de Vinho do Porto, que dará origem à criação do complexo World of Wine (WoW), um parque de experiências culturais e de lazer com forte vocação na educação vínica, situado no centro histórico de Vila Nova de Gaia.
Os financiamentos do BPI, o único banco envolvido no projecto, ascendem em termos globais a 58 milhões de euros com prazo máximo de 20 anos e serão realizados ao abrigo das linhas de apoio à reabilitação urbana, IFRRU 2020 e JESSICA.
O acordo foi celebrado por Pedro Barreto, administrador do BPI e Adrian Bridge, presidente do conselho de administração da Taylor’s, na presença do presidente da comissão directiva da Estrutura de Gestão do IFRRU 2020, Abel Mascarenhas e da vogal executiva Dina Ferreira.
Investimento de mais de 100 M€
O investimento global do Grupo Taylor’s para o conjunto dos diversos projectos do complexo WoW ascende a mais de 100 M€. Com abertura prevista para 2020, os projectos prevêem a criação de 320 postos de trabalho. Estima-se que o WoW receberá mais de 1 milhão de visitas por ano quando atingir a velocidade de cruzeiro.
O complexo integrará cinco museus temáticos – sobre os vinhos portugueses, a evolução dos copos de bebida, cortiça, a história da cidade do Porto e da região norte, e ainda sobre a indústria da moda e do design –, além de uma escola de vinhos, 12 espaços de restauração, um espaço para eventos e exposições temporárias, um conjunto de pequenas lojas de artesanato tradicional da região e estacionamento subterrâneo.
BPI disponibiliza 400 milhões de euros para reabilitação urbana
O BPI foi um dos bancos seleccionados para colocar o Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbanas (IFRRU) 2020, cujas dotações provêem do Portugal 2020, do Banco Europeu de Investimento (BEI) e do Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa (CEB).
À semelhança do anterior programa JESSICA, as dotações do IFRRU são canalizadas para os projectos urbanos através de empréstimos concedidos por entidades financeiras, as quais contribuem adicionalmente com co-financiamento. O BPI, considerando o co-financiamento, disponibiliza uma linha de crédito IFRRU no valor total de 400 milhões de euros.
Linha de crédito BPI/IFRRU 2020
“Em cada financiamento, mais fundos públicos: O BPI é o único banco que assegura que em cada operação de financiamento 50% dos fundos são públicos (com taxas de juro mais baixas)”, garante fonte institucional do banco.
Por outro lado, acrescenta que garante um spread BPI mais baixo: a cotação de spread da tranche BPI beneficia do prazo ser inferior.
Quanto aos fundos bancários reembolsados primeiro, a mesma fonte do BPI diz ser “o único banco que oferece subordinação dos reembolsos, ou seja, que estruturou o produto considerando que a tranche BPI é reembolsada antes da tranche IFRRU (fundos públicos, com taxas de juro mais competitivas)”.
O banco realça ainda uma redução até 50% nas comissões. “No BPI, a tranche IFRRU está totalmente isenta de comissões, pelo que as comissões bancárias beneficiam de uma redução de até 50% face ao preçário geral do BPI”, diz a mesma fonte.
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