A Avidouro – Associação de Vitivinicultores Independentes do Douro considera “muito baixo e insatisfatório o quantitativo fixado de 118 mil pipas de ‘benefício’ para esta vindima. É mais um aumento ridículo”.
Diz a associação em comunicado que, apesar de se esperar um ano com mais produção face a 2016, os viticultores durienses “têm mais que razões para se manterem preocupados e apreensivos. O quantitativo de ‘benefício’ fixado não corresponde nem à quantidade nem à qualidade da produção prevista. Certo, certo, é que corresponde aos interesses do comércio”.
Aqueles vitivinicultores criticam a aprovação daquele “volume de ‘benefício’ pela organização dita ‘representativa da lavoura’ que integra o inter-profissional do IVDP [Instituto dos Vinhos do Douro e Porto]. O que é mais uma prova, que não representa nem sabe representar os interesses da lavoura duriense”.
Preços compensadores
A Avidouro alerta assim a Região e os “milhares de pequenos e médios viticultores para a necessidade de defenderem os seus interesses. Tendo em conta a estimativa para este ano de produção de uvas no Douro – 260 a 280 mil pipas – reclamamos preços compensadores e justos a pagar pelo resultado do nosso trabalho”.
A associação pede um preço mínimo de 350 euros por pipa para as uvas para o vinho de mesa e um preço médio para o vinho generoso/Porto de 1.250 euros por pipa.
Refira-se que a Avidouro tem feito várias manifestações públicas e tem estado em conversações com o Ministério da Agricultura, a quem exigem “medidas concretas para a região. É imprescindível e necessário voltar a ter a Instituição Casa do Douro como uma associação de direito público representativa da produção, de subscrição obrigatória e com competências efectivas”.
A associação reclama “medidas adequadas” para os viticultores atingidos pelas chuvas e granizos de 6 de Julho deste ano.
Agricultura e Mar Actual