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Até 31 de Julho arderam 24.680 hectares de floresta. Mais 3,25% que em 2019

A base de dados nacional de incêndios rurais regista, no período compreendido entre 1 de Janeiro e 31 de Julho de 2020, um total de 5.294 incêndios rurais que resultaram em 24.680 hectares de área ardida, entre povoamentos (12.013 ha), matos (8.247 ha) e agricultura (4.420 ha), revela o “3.º relatório provisório: 1 de Janeiro a 31 de Julho”, de incêndios rurais referentes a 2020.

Em 31 de Julho de 2019, a área ardida era de 23.904 ha. Menos 3,25% que o registado em 2020.

As queimadas e queimas representam 36% das causas dos incêndios. O distrito mais afectado, no que concerne à área ardida, é Castelo Branco, com 7.248 hectares, cerca de 29% da área total ardida até à data, seguido de Vila Real com 3.255 hectares (13% do total) e de Faro com 2.906 hectares (12% do total).

O documento elaborado pela Divisão de apoio à Gestão de Fogos Rurais (DGFR) do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), refere que, comparando os valores do ano de 2020 com o histórico dos 10 anos anteriores, assinala-se que se registaram menos 43% de incêndios rurais e menos 34% de área ardida relativamente à média anual do período.

O ano de 2020 apresenta, até ao dia 31 de Julho, o valor mais reduzido em número de incêndios e o 6.º valor mais baixo de área ardida, desde 2010.

Dimensão dos incêndios

Acrescenta o relatório que a distribuição do número de incêndios rurais por classe de área ardida evidencia que em 2020 os incêndios com área ardida inferior a 1 hectare são os mais frequentes (87% do total de incêndios rurais).

No que se refere a incêndios de maior dimensão, assinala-se, até à data, a ocorrência de 5 incêndios com área ardida superior ou igual a 1.000 hectares.

Consideram-se grandes incêndios sempre que a área ardida total seja igual ou superior a 100 hectares. Até 31 de Julho de 2020 registaram-se 23 incêndios enquadrados nesta categoria, que resultaram em 19.821 hectares de área ardida, cerca de 80% do total da área ardida.

Análise das causas

Do total de 5.294 incêndios rurais verificados no ano de 2020, diz o ICNF, 2.740 foram investigados (52% do número total de incêndios – responsáveis por 44% da área total ardida). Destes, a investigação permitiu a atribuição de uma causa para 1.840 incêndios (67% dos incêndios investigados -responsáveis por 41% da área total ardida).

Até à data, as causas mais frequentes em 2020 são: incendiarismo – imputáveis (27%), queimadas de sobrantes florestais ou agrícolas (19%), queimas de amontoados de sobrantes florestais ou agrícolas (9%) e queimadas para gestão de pasto para gado (8%).

Conjuntamente, as várias tipologias de queimadas e queimas representam 36% das causas apuradas. Os reacendimentos representam 11% do total de causas apuradas, num valor inferior face à média dos 10 anos anteriores (15%).

Análise regional

Da análise por distrito, destacam-se com maior número de incêndios, e por ordem decrescente, os distritos do Porto (1.474), Braga (462) e Aveiro (384). Em qualquer um dos casos, os incêndios são maioritariamente de reduzida dimensão (não ultrapassam 1 hectare de área ardida). No caso específico do distrito do Porto a percentagem de incêndios com menos de 1 hectare de área ardida é de 91%.

O distrito mais afectado, no que concerne à área ardida, é Castelo Branco, com 7.248 hectares, cerca de 29% da área total ardida até à data, seguido de Vila Real com 3.255 hectares (13% do total) e de Faro com 2.906 hectares (12% do total).

A área ardida nos 20 concelhos mais afectados representa 80% da área total ardida, estando aqui incluído o concelho de Oleiros, associados à ocorrência de maior dimensão em 2020 (Incêndio de Sardeiras de Baixo). O número total de ocorrências nestes vinte concelhos representa apenas 16% do total nacional.

Pode ler o relatório completo aqui.

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