A RefCast — Associação Portuguesa da Castanha quer que o novo PDR, em fase de negociação em Bruxelas, incorpore um sistema facilitador dos investimentos no sector da castanha, que seja “um empurrão definitivo para o sector”.
Quem o revelou foi o Professor José Laranjo, presidente da RefCast, durante uma conversa com José Martino, CEO da Espaço Visual — Consultores de Engenharia Agronómica, no âmbito das conferências Agromeetings.
Cultura do castanheiro em debate
Nesta última conferência, organizada pela Espaço Visual, o tema em análise foi a cultura do castanheiro, durante a qual José Laranjo afirmou que a problemática das alterações climáticas, com as temperaturas excessivas e a falta de água, são “graves” para o sector da castanha”.
Este é um assunto em que a RefCast tem empenhado muito do seu esforço e foco, no estudo da melhor adaptabilidade das áreas de produção de castanha e as suas 11 variedades.
O responsável da RefCast revelou ainda que a associação tem em curso um projecto de 1.100 hectares, com um investimento de 1,3 milhões de euros, que é “um projecto bandeira e exemplar para disponibilizar aos produtores aderente a esta parceria as técnicas mais modernas e eficientes de tratamento dos castanheiros”.
“As nossas variedades nacionais são muito procuradas pelos mercados internacionais porque têm uma qualidade e um aptidão tecnológica que lhes confere uma mais valia única”, defendeu José Laranjo.
Luta biológica
Além deste projecto, José Laranjo referiu que a luta biológica consubstanciou o primeiro grande projecto da RefCast, o Bio Vespa, onde os municípios tiveram um papel fundamental ao nível do financiamento.
José Laranjo sublinhou ainda que, hoje, os players da castanha estão “mais preparados tecnologicamente para colocarem qualquer quantidade de castanha em qualquer mercado do Mundo”.
O presidente da RefCast afirmou ainda que a fileira da castanha é hoje em dia uma “fileira de oportunidades”, dado que nos últimos 10 anos foi criada uma rede de sinergias e de parceiros nacionais e internacionais que ajudaram a estruturar a fileira e a potenciar o negócio.
Para isso, segundo Laranjo, muito contribuiu a elaboração, em 2007/2008, do Livro Branco da Castanha, um documento de mais de 250 páginas que continua cada vez mais actual.
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