AGRICULTURA E MAR Revista do mundo rural e da economia do mar
A base de dados nacional de incêndios rurais regista, no período compreendido entre 1 de Janeiro e e 31 de Agosto de 2021, um total de 6.672 incêndios rurais que resultaram em 25.961 hectares de área ardida, entre povoamentos (7.538 ha), matos (15.642 ha) e agricultura (2.781 ha).
Estes valores, ainda provisórios, representam uma diminuição de 33% da área ardida (25.961 ha) face a igual período de 2020, segundo os dados do documento elaborado pela Divisão de apoio à Gestão de Fogos Rurais (DGFR) do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). Também o número de incêndios registados (6.672 ) registou uma diminuição, de 3,35%, face a Agosto do ano passado.
No entanto, o Instituto salienta que, comparando os valores do ano de 2021 com o histórico dos 10 anos anteriores, assinala-se que se registaram menos 47% de incêndios rurais e menos 68% de área ardida relativamente à média anual do período. O ano de 2021 apresenta, até ao dia 31 de Agosto, o valor mais reduzido em número de incêndios e o segundo valor mais reduzido de área ardida, desde 2011.
Dimensão dos incêndios
A distribuição do número de incêndios rurais por classe de área ardida evidencia que em 2021 os incêndios com área ardida inferior a 1 hectare são os mais frequentes (82 % do total de incêndios rurais). No que se refere a incêndios de maior dimensão, assinala-se, até à data, a ocorrência de 30 incêndios com área ardida entre 100 e 1.000 hectares.
Consideram-se grandes incêndios sempre que a área ardida total seja igual ou superior a 100 hectares. Até 31 de Agosto de 2021 registaram-se 30 incêndios enquadrados nesta categoria, que resultaram em 14.660 hectares de área ardida, cerca de 56% do total da área ardida.
Causas
Do total de 6.672 incêndios rurais verificados no ano de 2021, 5.099 foram investigados (76% do número total de incêndios – responsáveis por 88% da área total ardida). Destes, a investigação permitiu a atribuição de uma causa para 3.532 incêndios (69% dos incêndios investigados – responsáveis por 83% da área total ardida).
Até à data, as causas mais frequentes em 2021 são: uso negligente do fogo (51%) e o incendiarismo – imputáveis (21%), naquele caso com relevância para as queimadas de sobrantes florestais ou agrícolas (22%), queimas de amontoados de sobrantes florestais ou agrícolas (11%) e queimadas para gestão de pasto para gado (15%). Os reacendimentos representam 5% do total de causas apuradas, num valor inferior face à média dos 10 anos anteriores (16%).
Pode ler o relatório completo aqui.
Agricultura e Mar Actual
