O secretário Regional da Agricultura e Alimentação anunciou que as avaliações genómicas efectuadas ao Gado Bravo dos Açores estão em fase final, acreditando que se está cada vez mais perto de conseguir tornar esta população numa raça autóctone.
António Ventura falava numa intervenção no Arraial Taurino, que decorreu recentemente em Angra do Heroísmo, onde lembrou diversos aspectos da história da tauromaquia e da tourada à corda da Região.
“Nos Açores, a produção de Gado Bravo é uma forma de expressão cultural que aglomera a etnografia de um povo, influenciando a forma como nos relacionamos uns com os outros, é uma forma de bovinicultura perfeitamente consolidada entre nós e capaz de se perpetuar de geração em geração”, defendeu o governante.
O responsável pela pasta da Agricultura lembrou que existem actualmente 25 criadores de Gado Bravo inscritos no Registo Zootécnico, sendo 21 na Terceira, três na Graciosa, oito em São Jorge, um no Pico, um em São Miguel e um no Faial, tendo um efectivo de 2.662 animais, avança uma nota de imprensa do Executivo açoriano.
“É este legado que a Secretaria Regional da Agricultura e Alimentação tenta preservar, tentando consolidar e desenvolver estes núcleos de animais sob a designação da população Brava dos Açores, diferenciando-o do Bravo de Lide”, acrescentou.
“As avaliações genómicas efectuadas a estes animais que em termos genealógicos e fenotípicos são a base desta população tem sido um trabalho encetado por nós, que pretende, para além do Livro Genealógico, tornar esta população numa raça autóctone, preservando assim o nosso património genético, de forma a potenciar e desenvolver a sua criação”, disse ainda António Ventura.
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