A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, promoveu ontem, 25 de Agosto, a assinatura de um protocolo entre a Direcção-Geral de Política do Mar, a Direcção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos e a Biomarine Organization Clusters Association. Um protocolo que visa materializar o apoio de Portugal à realização da Convenção de Negócios Biomarine 2017, destinada a impulsionar e apoiar as organizações e empresas ligadas ao mar. Mas no evento anunciou outra novidade: Convenção de Negócios Biomarine de 2018 realiza-se em Portugal.
Ana Paula Vitorino, que falava na Gare Marítima de Alcântara, em Lisboa, na presença de Pierre Erwes, da Biomarine, agradeceu àquele responsável “por ter viajado para Portugal especificamente para a assinatura deste protocolo, o que demonstra a confiança que tem no sector do mar português e o apoio que dá a essa mesma comunidade”. E acrescentou que “é importante para o nosso País estar associado a uma organização que tem como principal objectivo ser a plataforma internacional de negócios em bio-recursos marinhos. E é isso que o Biomarine tem feito reconhecidamente nos últimos anos, optimizado e acelerado oportunidades de negócio e desenvolvimento de PME inovadoras”.
“Assinamos hoje aqui um protocolo em que o Ministério do Mar apoia a Organização do Biomarine 2017, em Outubro próximo, no Canadá, porque reconhecemos a mais-valia desta plataforma na promoção das nossas empresas a nível internacional, mas também porque, podemos anunciar hoje que em 2018 a Convenção de Negócios Biomarine realizar-se-á em Portugal”, salientou a ministra.
Conferência com mais de 300 participantes
Esta conferência está desenhada para funcionar como cimeira anual de CEO e investidores (300-350 participantes da indústria, ciência e fundos de investimento) incluindo encontros profissionais “one-to-one”; grupos de debate, fóruns de inovação e debates públicos na TV, disse Ana Paula Vitorino, acrescentando que “este é o tipo de iniciativas que fazem ‘mexer’ o sector económico internacional e, neste caso específico, o sector dos bio-recursos marinhos”.
“A verdade de que a economia é globalizada, aplica-se ainda com mais propriedade à Economia do Mar, devido à sua natureza sem fronteiras e una. De facto gerir o Oceano não é uma tarefa de uma empresa ou país, é antes uma responsabilidade de todos nós”, realçou a governante, adiantando que “por isso acreditamos que através de abordagens inovadoras e sustentáveis que existem em grande número nas indústrias emergentes do oceano, encontramos respostas e oportunidades para abordar muitos dos grandes desafios económicos, sociais e ambientais que a humanidade enfrenta nos próximos anos”.
Ana Paula Vitorino disse ainda que “precisamos que o sector dos negócios ou da ciência se internacionalizem, aprendam, ensinem e façam negócios com congéneres de todo o Mundo. Nós, em Portugal, vemos esta parceria com o Biomarine nesta perspectiva: a utilização de uma plataforma de excelência para a internacionalização das nossas PME e centros de investigação na área dos bio-recursos e biotecnologias, bem como para uma fertilização cruzada entre elas, potenciando a transferência de conhecimento e tecnologia de uns sectores para os outros”.
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