A DGAV – Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária tomou conhecimento da ocorrência noutros Estados-membros, predominantemente na Dinamarca, de eventos adversos inesperados após a administração do Velactis, para os quais a relação de causalidade ainda não foi determinada.
Foram notificadas reacções adversas após a administração, envolvendo decúbito (vacas caídas) e em alguns casos a morte. Entre outros sintomas foram também relatados hipotermia, hipocalcémia, transtornos ruminais, diarreia, doença vascular periférica, ataxia, adipsia e falha da eficácia esperada. A maioria dos sintomas, e em particular o decúbito, ocorreram entre as 8 e as 24 horas após o tratamento. Há indícios de que alguns dos casos de decúbito foram revertidos pelo tratamento da hipocalcémia.
O medicamento veterinário Velactis foi autorizado pela Agência Europeia do Medicamento (EMA) a 9 de Dezembro de 2015. Este medicamento contém cabergolina e destina-se à utilização no maneio das explorações de vacas leiteiras, como auxiliar na interrupção da lactação no momento da secagem das vacas, reduzindo a produção de leite.
Distribuição suspensa pela produtora
A empresa titular da AIM – CEVA Santé Animale – decidiu voluntariamente suspender a distribuição deste medicamento veterinário na União Europeia, enquanto decorrem as investigações para avaliar uma possível relação de causalidade entre este medicamento veterinário e os eventos adversos notificados. Gostaríamos de destacar que devido à natureza e ao tipo de utilização deste medicamento veterinário, não há risco para a saúde pública ou segurança dos consumidores.
A DGVA recomenda aos médicos veterinários que notifiquem imediatamente quaisquer eventos adversos (incluindo falhas da eficácia esperada) observados após a utilização do Velactis, ao Sistema Nacional de Farmacovigilância Veterinária (SNFV) (farmacovigilancia.vet@dgav.pt) ou directamente à CEVA Saúde Animal (farmacovigilanciapt@ceva.com).
Informação mais detalhada está disponível no Portal da EMA.
Agricultura e Mar Actual
Somos produtores de leite a mais de sessenta anos. Trabalhamos com gado holandez. Sempre secamos as vacas no final da lactação pelo processo convencional. (Ordenhas alternadas para redução do volume de leite na glândula mamária) e um antibiótico para vacas secas intra mamário. Recentemente fizemos o experimento da secagem via VELACTIS. Foi péssimo o resultado. Aplicamos em quatro vacas com produção média de 28 litros de leite dia, sessenta dias antes do parto. As quatro vacas tiveram problemas sérios até 24 horas após a aplicação do medicamento. Apresentaram transtornos ruminais; Diarreia preta; Andar vacilante; perda de peso; um caso de aborto do feto feto prematuro; um caso de morte do feto intra uterino (perda do animal); um caso a vaca não secou continuou produzir leite em menor quantidade e abriu os exfinters e o leite ficou solto caindo direto no chão. Pedimos providencias para acompanhamento e verificação da eficácia deste produto.