A AJAP – Associação dos Jovens Agricultores de Portugal ouviu Rui Paredes, da Federação Renovação do Douro, e o jovem agricultor, viticultor e técnico da AJAP na região do Douro, Rui Monteiro. Ambos são unânimes e dizem que medidas como a destilação do vinho excedente da região e o aproveitamento dessa aguardente para introdução no vinho destinado à denominação Porto, seria interessante.
Por outro lado, refere a AJAP em nota de imprensa, “apontam ainda a necessidade de maior fiscalização na circulação das uvas um pouco por todo o País (entre as nossas regiões), e de vinhos de Espanha (directos para o Douro, ou via indirecta através de uma nossa região qualquer, e depois para a região Douro). Uma autêntica porta giratória em que entram por um lado e saem pelo outro”.
Aqueles dois responsáveis são ainda de opinião de que “a promoção dos vinhos de Portugal lá fora tem de aumentar quer em qualidade, quer em quantidade, e tem de ser um desígnio, dando maior ênfase aos produtos vínicos de qualidade superior do Douro”. “A região, infelizmente, tem ficado para trás, e nesse sentido deve reclamar o reposicionamento do vinho do Porto como um dos grandes embaixadores de Portugal”, acrescenta a mesma nota da AJAP.
“No momento em que as vindimas arrancam em todo o País, as estimativas apontam para um stock de cerca de 200 milhões de litros de vinho por escoar de vindimas passadas. E há que ter em conta que a vindima de 2023 foi das mais generosas dos últimos anos”. Produziram-se cerca de 750 milhões de litros, a quantidade mais alta desde 2006, e “uma das mais elevadas das últimas duas décadas”, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística, acrescenta.