A AJAP – Associação dos Jovens Agricultores de Portugal “alerta há anos para a necessidade urgente de rejuvenescer os sectores agrícola e florestal” nos territórios rurais. A renovação geracional é um desafio que nos convoca a todos, sejam agentes públicos ou privados. E serão eles que, nestes territórios vulneráveis e mais desertificados, configuram parte da chave da “ocupação” do território e podem contribuir para uma gestão mais presente, responsável e eficaz”.
Para a direcção da AJAP, a revitalização destes territórios passa pelo rejuvenescimento das actividades existentes (agricultura, floresta e outras), e pelo surgimento de novas actividades associadas à tecnologia e à digitalização, avança uma nota de imprensa da Associação, em que diz ser “necessário planear a longo prazo agricultura, florestas, criação de gado e estimular e inovar Economias Rurais”.
“Torna-se premente e necessário encontrar novas sinergias, novos incentivos, melhorar e agrupar apoios existentes, bem como sensibilizar as diferentes áreas da governação e seus contributos, para enfrentar o desafio do rejuvenescimento, revitalização, reconversão e inovação dos sistemas produtivos, valorização dos produtos, apostando nos valores da sustentabilidade e na valorização dos recursos e da biodiversidade”, refere a mesma nota.
E salienta que “tudo isto, entre outras mais-valias, será essencial para reduzir o risco de incêndio nos territórios rurais, porque com um território mais ocupado de forma sustentável e integrada, a possibilidade de tragédias como estas se repetirem será menor”.
Neste aspecto, a AJAP reforça “a necessidade de impulsionar a figura do JER – Jovem Empresário Rural (criado oficialmente pelo Decreto-Lei n.º 9/2019, de 18 de Janeiro e Portaria n.º 143/2019, de 14 de Maio), somos de opinião (após longas horas de trabalhos acerca do tema JER), que se trata de uma figura juvenil, absolutamente essencial para o desenvolvimento do País. De um instrumento que promove o empreendedorismo no mundo rural e que pretende instalar e fixar jovens nestas zonas, em iniciativas empresariais, ideias de negócio e startups associadas a vários sectores da actividade económica”.
“Actividades complementares da agricultura/floresta/pecuária, como valorização de produtos autóctones e produtos florestais, o turismo, desportos da natureza, caça, pesca, bem como a preservação e conservação da natureza e dos ecossistemas são áreas importantes para o futuro e podem assegurar rentabilidade e postos de trabalho”, acrescenta a mesma nota.
Esta figura JER nasce no Ministério da Agricultura, mas “entronca na Coesão Territorial, Economia e Juventude. Áreas que são decisivas para equilibrar o desenvolvimento do País e salvar mais de 80% do seu território. Estamos certos de que só uma lógica interministerial, que traduz complementaridade, sem sobreposição entre si, pode unir e desenvolver o território, bem como o seu espaço em matéria de operacionalização com objectivos comuns”.
Agricultura e Mar