Aicep – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal publicou a “Ficha de Mercado de Cabo Verde” (Novembro de 2016) onde faz uma análise da economia cabo-verdiana, das relações económicas bilaterais e das condições de acesso ao mercado, apresentando também um conjunto de informações úteis para exportadores e investidores nacionais.
Pequeno Estado insular constituído por um arquipélago de dez ilhas, Cabo Verde beneficia do facto de se situar geograficamente no centro das importantes rotas comerciais que ligam a África e a Europa aos mercados da América do Sul e da América do Norte A sua economia assenta, sobretudo, no sector dos serviços, com o comércio, os transportes, o turismo e os serviços públicos a representar cerca de 76% do Produto Interno Bruto (PIB).
Apesar de um forte crescimento homólogo de 5,8% no início de 2016, o crescimento da economia cabo-verdiana não irá além de 2,1%, impulsionado por um aumento do investimento público e pelo lançamento de alguns projectos privados no sector do turismo. Para 2017, perspectiva-se nova desaceleração do crescimento para 1,6%, reflectindo o enfraquecimento da situação económica na Zona Euro.
Exportações reduzidas
Não constituindo um dos principais parceiros comerciais de Portugal, Cabo Verde apresenta uma margem de progressão para o comércio internacional português de bens e serviços. Em 2015, representou 0,38% das exportações portuguesas de bens e serviços e 0,10% das nossas importações.
Nos primeiros sete meses do corrente ano, o montante das exportações portuguesas para Cabo Verde registou, em termos homólogos, um acréscimo de 15,1%, enquanto as importações cresceram 4,5%, situação que contribuiu para um saldo positivo da balança comercial de 136,8 milhões de euros.
As máquinas e aparelhos têm sido dominantes nas exportações portuguesas para Cabo Verde (18,6% do total em 2015), seguidas dos produtos agrícolas (14,5% do total).
A liberalização do comércio externo em Cabo Verde tem vindo a ser executada de forma gradual e progressiva e as operações de importação e exportação são livres para os agentes devidamente credenciados. O acesso de estrangeiros ou nacionais à actividade económica não é objecto de restrições, estando consagrada a liberdade de estabelecimento em todos os sectores de actividade.
O documento pode ser consultado aqui.
Agricultura e Mar Actual