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Aicep publica ficha de mercado sobre o Brasil

A Aicep – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal acaba de publicar a “Ficha de Mercado do Brasil” (Julho 2017), na qual faz uma análise da economia brasileira, das relações económicas bilaterais e das condições de acesso ao mercado, apresentando também um conjunto de informações úteis para exportadores e investidores nacionais.

O número de empresas portuguesas exportadoras para este mercado – 1.453 em 2016 (menos 289 que em 2013) – diminuiu, mercê da situação económica brasileira. “Todavia, o país é um destino que continua a despertar grande interesse nas nossas empresas, presentes em diferentes áreas de negócio, como turismo, construção e obras públicas, energia, ambiente, agro-alimentar e bebidas, equipamentos e produtos industriais, componentes para a indústria automóvel, tecnologias de informação e comunicação, serviços e distribuição. Igualmente, as empresas brasileiras olham, cada vez mais, para Portugal, não apenas como uma porta de entrada para o mercado europeu, mas também como plataforma logística e de negócios para atingirem outros continentes”, refere a Aicep.

O Brasil é o maior mercado da América Latina, o 5º país mais populoso do mundo e a 7ª economia mundial, possuindo uma população de cerca de 206,1 milhões de habitantes, a maior dos países da região.

O país tem ocupado posições de destaque, nos últimos anos, em termos de investimento e comércio internacional, ocupando, em 2016, o 8º lugar como receptor mundial de investimento directo estrangeiro, o 25º como exportador de bens e o 28º como importador.

Dizem os analistas da Aicep que, apesar da instabilidade social e política em que o país vive, desde 2015, com repercussões na sua actividade económica, que contraiu fortemente desde 2014, estima-se que, em 2017, a economia brasileira cresça cerca de 0,5%, atingindo em 2018 e 2019, respectivamente, 2% e 2,1%, em resultado de políticas quer mais favoráveis ao ambiente de negócios para recuperar a confiança dos investidores internacionais na economia brasileira, quer mais focadas nas negociações comerciais com o Mercosul (Argentina, Paraguai e Uruguai), a UE, os EUA e a Ásia, sobretudo China e Índia.

Oportunidades

Sectores como o das telecomunicações, das energias renováveis, do petróleo (pré-sal) e gás e das infra-estruturas (aeroportos e rodovias) continuam a atrair o interesse dos investidores externos, pelo que muitas empresas estrangeiras persistem em utilizar o Brasil como base para o desenvolvimento das suas operações, na região da América Latina, acrescenta a Aicep.

O Brasil apresenta, ainda, margem de progressão para o comércio internacional português, tendo, em 2016, representado 2% das exportações portuguesas de bens e serviços e 1,4% das importações, registando-se saldos favoráveis a Portugal. No comércio de bens, o Brasil foi, nesse ano, o nosso 13º cliente, com uma quota de mercado de 1,1%, e 10º fornecedor, com uma quota de 1,7%. O Brasil é, pois, um importante parceiro comercial de Portugal, quer pelos laços históricos, quer sua pela posição mundial, ocupando, no espaço extra-UE, respectivamente, o 5º e 3º lugares como nosso cliente e fornecedor.

Tanto as exportações como as importações portuguesas para o Brasil apresentam um grau de concentração elevado. Em 2016, 83% do valor global exportado (79,6% em 2015) residiu em quatro grupos de produtos – bens agrícolas (45,6%), veículos e outro material de transporte (21,2%), máquinas e aparelhos (9,1%) e produtos alimentares (7%), enquanto as importações se concentraram nos veículos e outro material de transporte (45,6%), bens agrícolas (19%) metais comuns (9,1%) e combustíveis minerais (8%), representando 81,7% do nosso valor global importado do Brasil (75,4% em 2015).

Pode consultar o documento aqui.

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