A área de olivais de azeitona para azeite, em Portugal, ao longo dos últimos 20 anos, cresceu, em média, à taxa de 0,2% ao ano. Na região do Alentejo, esse crescimento foi de 1,1%/ano. Entre 2010 e 2018, o crescimento de área no Alentejo foi de 7%, beneficiando do desenvolvimento das infra-estruturas de Alqueva, tendo crescido 5% em termos nacionais.
E tudo indica que o Alentejo vai continuar a liderar a produção de azeitona e de azeite. “A expansão da área de olival em Portugal ao logo dos últimos anos tem ocorrido essencialmente na região de Alqueva (Alentejo), com recurso ao regadio e à instalação de sistemas de olival intensivo e em sebe (olival super-intensivo)”, refere a AgroGes — Sociedade de Estudos e Projectos, na primeira edição do Millennium Agro News, dedicada à fileira do olival e do azeite.
E para a Agroges, “existe uma área muito significativa destes novos olivais que ainda não entrou em velocidade cruzeiro, pelo que é esperado um aumento de produção média anual ao longo dos próximos anos. Embora o ritmo de plantação de novos olivais tenda a abrandar, são ainda esperados acréscimos de áreas deste tipo de plantações ao longo dos próximos dez anos”.
Considerando as perspectivas de crescimento sustentado do mercado à escala global e as “excelentes condições naturais que Portugal apresenta para a produção de azeitonas e azeite, é de esperar que os preços médios anuais para a azeitona oscilem entre os 0,30 e os 0,45€/kg de azeitona”, acrescenta a consultora.
Produtividade do olival alentejano cresce 9,4%/ano
Acrescenta a AgroGes, no Millennium Agro News, patrocinado pelo Millennium bcp, que as produtividades do olival têm apresentado uma progressão muito significativa nos últimos 20 anos (5,8%/ano em Portugal e 9,4%/ano no Alentejo), mais evidente ao longo desta última década. “O crescimento da produtividade média fica a dever-se à adopção das novas tecnologias mais intensivas e à opção por novas variedades com maior potencial”.
Os valores de produtividade média actual (2.058 kg/ha em Portugal e 3.075 kg/ha no Alentejo) “são ainda muito reduzidos, quando comparam com as produtividades dos novos olivais intensivos e super-intensivos – cerca de 12.000 kg/ha – fruto da área ainda muito relevante de olivais tradicionais de muito baixas produtividades”, realça a AgroGes.
E salienta que o volume de produção de azeitona tem seguido a tendência do aumento das áreas de olival e da sua produtividade, tendo sido alcançados máximos dos últimos 20 anos em 2017 (858 mil toneladas em Portugal e 540 toneladas no Alentejo).
Estes valores resultam de taxas de crescimento médio anual de 6%/ano em termos nacionais e de 11%/ano na região do Alentejo.
O preço médio da azeitona, após atingir mínimos no ano 2011, tem evoluído em alta, com um máximo no ano de 2017 – 0,49 €/kg.
Pode ler a Millennium Agro News completa aqui.
Agricultura e Mar Actual