O ArchDaily, site de arquitectura mais visitado do Mundo, voltou a premiar os mais belos edifícios a nível internacional. A Adega da Herdade do Freixo, inaugurada em 2016, recebeu o galardão na categoria Arquitectura Industrial.
Foram recebidas e analisadas milhares de candidaturas. Mais de 100 mil leitores elegeram os melhores. Em todo o Mundo sobressaíram quinze edifícios, que receberam o tão desejado troféu “Edifício do Ano 2018” e entre eles há um português: a Adega da Herdade do Freixo.
Quando chegamos à Herdade do Freixo, no Redondo, é a paisagem alentejana e a natureza que dominam a vista, até ao horizonte. A adega podia estar à vista de todos, mas o arquitecto Frederico Valsassina enterrou-a por baixo das vinhas e projectou-a para surpreender. Ela está lá, a mais de 20 metros de profundidade, mas não se vê.
Segundo o arquitecto manter a paisagem intacta era a peça principal do projecto, porque a adega “não é para ser vista mas para ser vivida”.
Iluminada pela luz natural
Lá dentro a espiral, que lembra um saca-rolhas, faz viajar, envolvendo o edifício subterrâneo, é a rampa circundante que permite o acesso aos três níveis da adega, iluminada pela luz natural. Frederico Valsassina salienta a necessidade de “criar um caminho de passagem por cada fase do vinho”, desde a recepção da uva ao engarrafamento, desfrutando da beleza do edifício e sem interferir no processo.
Todos os pormenores foram pensados tendo sempre em vista a qualidade da adega e do vinho ali produzido, desde ser energeticamente auto-suficiente, a ter luz natural e equipamentos para vinificação de alto nível. Valsassina destaca que “o enólogo foi a peça principal”, já que a equipa de arquitectos estava “subjugada à primeira peça orientadora que é fazer vinho”.
Autonomia energética
Para além da excelência da matéria-prima, o facto de a adega ter autonomia energética e estar equipada com a tecnologia mais avançada para vinificação, em muito contribui para o sucesso dos vinhos ali produzidos.
“São vinhos de genuínos”, garante com um brilho no olhar, Pedro de Vasconcellos e Souza, enólogo da Herdade do Freixo. Com este projecto da Herdade do Freixo fica provado que é possível fundir paisagem, terroir, arquitetura e produção de vinhos de elevada qualidade. Isto porque a adega fica mesmo junto às vinhas, permitindo o rápido transporte das uvas e a vinificação por gravidade, bem como a garantia de uma temperatura constante durante todo o ano.
Prémios
Para Pedro de Vasconcellos e Souza esta distinção atribuída pelo ArchDaily – e que se vem juntar à Menção honrosa nos Prémios FAD 2017, à nomeação nos Prémios Construir 2017 e ao Prémio Especial Paixão Pelo Vinho Arquitectura 2006/2016 – é a certificação de um desejo: “O meu pai sempre me transmitiu para não correr atrás de um sonho, mas sim correr atrás das realizações. São elas que dão um significado à vida”.
Assim nascem os vinhos Freixo Family Collection (topo de gama tinto); Freixo Reserva tinto, Freixo Reserva branco e os varietais Freixo Sauvignon Blanc, Freixo Chardonnay e um Freixo Alvarinho que está prestes a chegar ao mercado.
Nova gama
Para muito em breve está prometida a apresentação de uma nova gama: Freixo Terroir (nas versões branco, tinto e rosé). Actualmente, os vinhos encontram-se disponíveis, a nível nacional, em garrafeiras especializadas, restaurantes seleccionados e no El Corte Inglés, bem como em mercados externos: Suécia, Suíça, Bélgica, Paris, Luxemburgo e Holanda.
Se, para muitos, a Herdade do Freixo era ainda um segredo desconhecido, com este prémio de nível mundial, passa agora a ser um destino obrigatório, não só para conhecer a adega, mas também para conhecer os “vinhos de excelência e carácter diferenciador”, refere Carolina Tomé, directora de marketing e comercial da Herdade do Freixo.
Aliás “a equipa da Herdade do Freixo acredita que este prémio será mais um digno “cartão de visita”, reforçando o posicionamento de qualidade dos projectos portugueses no mundo.
“A Herdade do Freixo é um destino obrigatório para os amantes de vinho e arquitectura a nível mundial. “Para os seus proprietários, o prémio “Edifício do Ano 2018” atribuído pelo ArchDaily, é um reconhecimento pelo foco e resiliência dos últimos dez anos em construir um projecto diferenciador e geracional”, destaca Carolina Tomé.
Agricultura e Mar Actual