Os Açores são das regiões do País que mais contribuem para o programa nacional de prospecção de organismos nocivos para o sector agrícola e florestal, tendo realizado no último ano 4.577 observações visuais, instalado 1.956 armadilhas e analisado 6.631 amostras, informou a Secretaria Regional da Agricultura e Florestas, no passado dia 22 de Março.
O balanço nacional do programa relativo a 2017 foi feito na reunião anual que decorreu na Direcção Geral de Agricultura e Veterinária (DGAV), em Lisboa, onde, uma vez mais, foi destacado o elevado contributo da Região.
No último ano, as prospecções nos Açores incidiram em cerca de meia centena de organismos nocivos, dos quais 40 são abrangidos pelo co-financiamento europeu.
Fitossanidade
As prospecções foram efectuadas por técnicos especializados na área da fitossanidade dos Serviços de Desenvolvimento Agrário das várias ilhas, da Direcção Regional dos Recursos Florestais e da Direcção Regional da Agricultura, tendo os locais de prospecção sido definidos de forma a cobrir a totalidade do arquipélago.
A identificação dos organismos presentes nas amostras é assegurada nos Açores pelo Laboratório Regional de Sanidade Vegetal (LRSV), com valências nas áreas da micologia, bacteriologia, entomologia, nematologia e virologia.
Por esta razão, o recurso ao Laboratório do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) é feito apenas em casos pontuais e para confirmação de alguns casos positivos.
Desde 2015 que a Região integra a candidatura de Portugal ao co-financiamento dos programas de prospecção, de acordo com o previsto no Regulamento (UE) N.º 652/2014, de 15 de Maio.
Xylella fastidiosa
Em 2018, para dar cumprimento às exigências relativas ao plano de prospecção da bactéria Xylella fastidiosa, o LRSV vai adquirir um termociclador, que permitirá implementar o diagnóstico recorrendo ao ‘PCR Real time’, constituindo, deste modo, uma mais valia, sobretudo nas áreas da bacteriologia e da micologia.
O cumprimento do Plano de Prospecção Fitossanitário na Região Autónoma dos Açores é de primordial importância para a manutenção do estatuto de zona protegida relativamente a algumas pragas e doenças existentes fora do arquipélago e para a monitorização e identificação de forma célere de novos organismos nocivos que, caso se instalem, constituirão uma ameaça para as culturas agrícolas e florestais da Região, refere fonte do Executivo açoriano.
Agricultura e Mar Actual