O secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia dos Açores afirmou ontem, 22 de Janeiro, nas Velas, que a obra de melhoramento e ampliação do entreposto frigorífico desta vila é “a concretização de mais um compromisso do Governo” assumido para com os pescadores de São Jorge.
Gui Menezes, que acompanhou o presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro, numa visita aos trabalhos em curso, frisou que esta infraestrutura vai ter “novas valências e novas capacidades”, nomeadamente um túnel de congelação com capacidade para 10 toneladas por ciclo, uma câmara de congelados com capacidade de 40 toneladas e uma câmara de conservação de isca congelada com capacidade de 20 toneladas.
Máquina de gelo
O secretário Regional destacou a instalação de uma máquina de gelo com capacidade de produção de duas toneladas por dia e de armazenamento de quatro toneladas, “uma valência que não existia”, estando ainda prevista uma zona climatizada para preparação e transformação de pescado.
O titular da pasta das Pescas referiu ainda a criação de “uma zona de higienização de trabalhadores e de uma parte administrativa”, bem como a instalação da sede da associação de pescadores de São Jorge, “com gabinetes administrativos e uma sala de formação”.
“Com este empreendimento aumentamos a capacidade de congelação e de conservação de pescado [em São Jorge] e isso tem repercussões na valorização do pescado e, consequentemente, no rendimento dos pescadores”, afirmou Gui Menezes.
“Mantém-se o prazo de conclusão”
Questionado por jornalistas, o governante referiu que, “de acordo com o andamento da obra, mantém-se o prazo de conclusão” previsto para Agosto deste ano, sendo que, “até lá, os pescadores utilizam um contentor para congelar o pescado, que está a minimizar o impacto negativo” do decorrer dos trabalhos no entreposto frigorífico.
Para além da actividade industrial, prevê-se que esta infra-estrutura tenha também uma peixaria, que será gerida pela associação de pescadores.
A obra do Entreposto Frigorífico das Velas, que representa um investimento de um milhão de euros, sofreu alguns atrasos no seu arranque devido à demora do visto prévio do Tribunal de Contas, que apenas foi dado no final do mês de Junho do ano passado.
“O segundo melhor ano de sempre”
Durante a visita à obra, o secretário Regional destacou ainda o facto de 2018 ter sido “o segundo melhor ano de sempre” em termos de rendimento do sector, considerando a venda de pescado em lota na Região, que atingiu 38 milhões de euros.
Gui Menezes admitiu, no entanto, que “no sector das pescas, há sempre uma incerteza em relação a algumas espécies que ocorrem ou não nalguns anos”, defendendo, contudo, que, “em São Jorge, os pescadores têm bons rendimentos e não há grandes problemas” no sector.
Agricultura e Mar Actual