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Açores e Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária assinam protocolo de cooperação

A Secretaria Regional da Agricultura e Ambiente açoriana, através da Direcção Regional da Agricultura, assinou hoje, 6 de Maio, um protocolo de colaboração técnico-científica com o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), no âmbito do 2.º Dia do Criador da Raça do Ramo Grande.

O secretário Regional da Agricultura e Ambiente, que falava na abertura do encontro que decorreu na Academia de Juventude e das Artes da Ilha Terceira, na Praia da Vitória, salientou que a Região se propõe “com a celebração deste protocolo, estudar as características da carcaça e da qualidade da carne de bovino Ramo Grande”. Para Luís Neto Viveiros, concorre-se, ”assim, no futuro, para a sua diferenciação” e para a sua mais-valia comercial.

Na sua intervenção, perante dezenas de produtores de várias ilhas que aderiram a esta iniciativa, o Secretário Regional destacou o “orgulho” nos serviços que tutela e, “fundamentalmente, nos técnicos”, com quem há vários anos tem “o privilégio de ser colega”.

“Testemunho, nesta oportunidade, a sua dedicação e competência profissional, diariamente desenvolvida de forma anónima em prol da agricultura e dos agricultores dos Açores”, frisou.

Luís Neto Viveiros destacou que este é um esforço a partilhar publicamente “com a Associação de Criadores e com todos quantos se empenham na preservação da Raça Ramo Grande, relevando o que ela significa para a nossa memória colectiva, para o património genético dos Açores mas, principalmente, evidenciando o seu forte potencial produtivo”, nomeadamente “por se constituir como uma importante mais-valia na fileira da carne”.

Melhoramento Genético

O Governo dos Açores implementou em 2013 o Programa de Conservação e Melhoramento Genético da Raça Ramo Grande, que assenta na realização de diversas acções sistematizadas, efectuadas por diferentes entidades, mas sempre envolvendo os criadores.

Hoje, foi divulgada a 2.ª Avaliação Genética da Raça Ramo Grande, produzida pelos serviços oficiais, “uma importante ferramenta para uma escolha eficaz dos animais com base no seu mérito”, frisou Neto Viveiros.

No intuito de reforçar e consolidar as acções já em curso, o governante destacou que “o Governo dos Açores, no âmbito do PRORURAL+, cuja lógica de intervenção tem em conta uma abordagem integrada do desenvolvimento rural”, implementou duas sub-medidas de Apoio à Protecção da Raça Bovina Autóctone Ramo Grande.

Relativamente à primeira submedida, “desde 2008, já se pagou cerca de 1,5 milhões de euros, beneficiando aproximadamente 150 criadores e mais de 1.000 animais”.

No âmbito do POSEI, os produtores da Raça Ramo Grande podem ainda beneficiar do Prémio à Vaca Aleitante (300 euros por animal) e do Prémio ao Abate de Bovinos, com as respectivas majorações em função da idade dos animais.

“Creio, portanto, e como afirmamos aquando da realização do primeiro encontro [em S. Jorge], que os Açores têm razões para afirmar que esta raça do passado é também uma raça que tem futuro”, afirmou Neto Viveiros.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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