O Secretário Regional da Agricultura e Ambiente anunciou, em Ponta Delgada, a decisão de apoiar imediatamente os produtores dos Açores na aquisição de alimentos fibrosos para gado devido aos efeitos do mau tempo prolongado nos pastos de toda a Região.
“Atentos às condições climatéricas que, infelizmente, têm assolado todas as ilhas da nossa Região, o Governo, à semelhança do que tem feito noutras ocasiões, decidiu de uma forma rápida esta ajuda, que estará vigente já na próxima semana”, afirmou Luís Neto Viveiros.
O titular da pasta da Agricultura adiantou, em declarações aos jornalistas, que esta ajuda, no montante global de cerca de 600 mil euros, incidirá sobre 10 mil toneladas de alimento, metade de fibra e outra metade de palha.
“É uma ajuda de 6 cêntimos por quilo nas ilhas de S. Miguel e Terceira e de 7,5 cêntimos nas outras ilhas” devido aos custos acrescidos de transporte, adiantou Neto Viveiros.
Esta é a terceira vez na actual legislatura que o Governo dos Açores, em consequência dos efeitos de condições climatéricas adversas, determina apoios excepcionais à aquisição de alimentos para gado com o objectivo de prevenir quebras significativas no volume da produção da Região, com efeitos socioeconómicos e consequências negativas na sanidade e bem-estar animal.
O Secretário Regional, que falava, na sexta-feira, à margem de uma reunião com a Direcção da Federação Agrícola dos Açores, realçou também o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido em estreita parceria com a organização que congrega associações agrícolas de todas as ilhas para a operacionalização das medidas regionais de apoio ao sector do leite, anunciadas em 2015 no Conselho de Concertação Estratégica pelo presidente do Governo, Vasco Cordeiro.
Linha de crédito disponível
Nesse sentido, Luís Neto Viveiros destacou, designadamente, a disponibilização de uma linha de crédito para aliviar os custos financeiros das explorações com empréstimos bancários já contraídos para investimento e um programa de reestruturação do sector leiteiro.
O governante frisou que este programa, que também está a ser ultimado em concertação com o sector, vai permitir “condições de dignidade aos produtores que pretendam deixar a actividade, contribuindo, por esta via, para o emparcelamento e consequente aumento de competitividade do sector, assim como para o reforço do seu rejuvenescimento”.
Agricultura e Mar Actual