A Secretaria Regional da Agricultura e Florestas dos Açores, através da Direcção Regional dos Recursos Florestais, lançou hoje, 5 de Dezembro, um apelo aos caçadores das ilhas de São Miguel, Graciosa e Terceira para colaborarem, durante este mês, na recolha anual de amostras em coelhos-bravos, no âmbito do programa de monitorização do impacto da nova variante da Doença Hemorrágica Viral (DHV) nas populações desta espécie.
No caso da ilha de São Miguel, a recolha de amostras de coelho-bravo decorre a 9 de Dezembro, entre as 10 e as 14 horas, no caminho do Sanguinhal, em Vila Franca do Campo, e Miradouro de Santa Iria, na Ribeira Grande.
Na Graciosa, a recolha vai decorrer de 11 a 14 de Dezembro, enquanto na Terceira terá lugar de 15 a 16 de Dezembro.
Impacto da DHV
Uma vez que o impacto da DHV sobre a abundância de coelho-bravo tem sido diferente de ilha para ilha e, em alguns casos, entre diferentes zonas da mesma ilha, esta iniciativa é essencial para uma gestão cinegética que se pretende cuidada e ajustada à realidade regional.
Com esta quarta recolha de amostras de coelho-bravo durante a caça será possível avaliar a evolução de uma resposta imunitária adaptativa à doença e assim dar continuidade ao estudo sobre a forma como a DHV está a afectar as populações de coelho-bravo nos Açores.
O programa de monitorização do impacto da nova variante da DHV nas populações de coelho-bravo nos Açores foi implementado em 2015 pela Direcção Regional dos Recursos Florestais, com a colaboração do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto (CIBIO-UP).
A nova variante do vírus da Doença Hemorrágica Viral, identificada em França em 2010 e que, em 2012/13, desencadeou um surto no continente português com uma elevada taxa de mortalidade, chegou aos Açores em Novembro de 2014, tendo sido a ilha Graciosa a primeira a ser afectada.
Os interessados podem obter mais informações na página da Direcção Regional dos Recursos Florestais na Internet, aqui.
Agricultura e Mar Actual