O Grupo Parlamentar do Partido Socialista (PS) recomenda ao Governo o apoio à Universidade do Algarve na investigação sobre os efeitos da alga invasora “Rugopteryx Oxamurae” na biodiversidade marinha, assim como eventuais meios de conter a expansão e reprodução e utilizações com valor comercial que possam contribuir para diminuir os custos da sua remoção.
A “Rugopteryx Oxamurae”, é uma espécie invasora de alga originária dos mares do Japão e da Coreia que depois de ter aparecido pela primeira vez na Europa em França, rapidamente alastrou-se para Espanha, Marrocos e agora por Portugal, espalhando-se rapidamente pelo litoral do Algarve, referem aqueles deputados em Projecto de Resolução entregue na Assembleia da República.
Por outro lado, o Grupo Parlamente do PS defende que o Executivo assegure meios para a necessidade do restauro do ecossistema marinho, dos habitats e da biodiversidade nos termos do regulamento comunitário de restauro da natureza e que crie uma linha de apoio financeiro aos municípios para a remoção continua das algas das praias e para eventuais intervenções que sejam consideradas necessárias tomar de forma a impedir ou limitar as algas de chegarem ao areal, mediante a colocação de redes e barreiras, protegendo a qualidade balnear das praias do Algarve”.
Explicam os socialistas no seu Projecto de Resolução 425/XVI/1 que “na costa algarvia existem registos desta alga castanha e de reprodução muito rápida até à praia da Ingrina, já muito perto de Sagres. Na verdade, o fundo rochoso da costa algarvia está a ficar coberto por algas com impacto directo e grave na biodiversidade marinha da região ao afastar da costa polvos e muitas outras espécies de moluscos e peixes o que pode afectar negativamente os recursos pesqueiros, como polvos, bivalves, crustáceos e peixe, com impacto directo no rendimento dos pescadores, mas também no funcionamento da teia alimentar costeira e ameaçar a biodiversidade nativa”.
Mas é sobre a actividade turística, “principal fonte de receitas da economia da região, que os efeitos da elevada concentração de algas nas praias de fundo rochoso, tanto dentro de água como no areal, tem impacto mais visível sobre as pessoas que desfrutam do Algarve e que reclamam do incómodo e desconforto”.
E os deputados do PS exemplificam: “o Município de Lagos, retirou de todas as praias do concelho 6.200 toneladas de algas, o município de Lagoa, só da praia do Carvoeiro, única onde é possível o recurso a máquinas de limpeza, já retirou mais de 800 toneladas e o município de Portimão, para darmos apenas três exemplos, já gastou perto de 250 mil euros para garantir a remoção de algas das suas praias”.
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