O secretário Regional da Agricultura e Alimentação, António Ventura, presidiu no domingo, em Ponta Delgada, à abertura do colóquio “Produzir com Qualidade, Tradição e Inovação”, onde sublinhou a “justiça histórica” que seria a criação de um Centro Interpretativo da Raça Autóctone do Ramo Grande.
“Faz sentido e é de toda a justiça histórica que seja criado um Centro Interpretativo da Raça Autóctone do Ramo Grande, para dar a conhecer às novas gerações e a quem nos visita a história e o futuro destes bovinos. Não se trata de uma nova estrutura física, trata-se de reaproveitar estruturas existentes para poder expor a história agrícola completa dos Açores”, vincou o governante.
Estes bovinos foram, durante séculos, utilizados para o trabalho e para a alimentação das famílias pelo leite e a carne, realça uma nota de imprensa do Executivo açoriano.
“Importa registar a memória e dar a conhecer esta nossa identidade agrícola numa perspectiva didáctica, turística, económica e social”, prosseguiu António Ventura.
O efectivo animal da Raça Autóctone do Ramo Grande está em crescimento nos Açores – nos últimos dez anos houve um aumento de 9,6%. Em 2015 existiam 2.025 animais e actualmente são 2.544 animais e 278 criadores. Deste efectivo, a Ilha de São Jorge detém 1.103 animais, ou seja, 43% do efectivo regional.
A Secretaria Regional da Agricultura e Alimentação aumentou, este ano e no âmbito dos fundos comunitários, o apoio aos criadores para a manutenção da Raça do Ramo Grande em 25%, acrescenta a mesma nota.
Desde Janeiro de 2022 que está registada a designação “Carne Ramo Grande DOP”, publicada no Jornal Oficial da União Europeia.
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