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O vegetarianismo é só um modo de vida, não é o “ambientalismo”

Artigo de opinião de Graça Mariano, directora executiva da APIC — Associação Portuguesa dos Industriais de Carnes

Este é o título, corajoso, de um artigo escrito pelo cronista do Expresso, Henrique Raposo

Finalmente começam a aparecer cronistas/jornalistas com espírito critico e com saber ou pelo menos com capacidade de investigação sobre o que tanto se diz por aí sem rigor, sem conhecimento sobre o mundo rural e a produção de alimentos, de uma forma geral.

Finalmente temos algumas redações, revistas (Agricultura & Mar, Voz do Campo) e mesmo plataformas de informação digital (Agroportal) que sem contrapartidas divulgam o conhecimento necessário sobre estes temas.

Em regra, só a troco de alvíssaras se consegue divulgar conhecimento adequado acerca da produção de alimentos. Mas se for fundamentalismo, então haverá sempre um órgão de comunicação que divulga, sem emolumentos!

Poderíamos e deveríamos esperar que os artigos jornalísticos e os programas da TV, tivessem o rigor e o profissionalismo que merecemos, quando até em alguns casos, sendo os contribuintes, a pagarem!

Contudo, não raras vezes surgem maus artigos e mau programas, sobre produção de alimentos, a cargo de jornalistas fundamentalistas, talvez noticiaristas urbanos que nunca sequer tiveram oportunidade de perceber como funciona o mundo rural, como evoluiu a agricultura, a criação de animais e indústria dos alimentos.

Talvez nunca tivessem tido a oportunidade de visitar o mundo real, onde se produzem alimentos, quer faça chuva quer faça sol, que adquirem nos supermercados!

Honra seja feita ao programa “Faça Chuva Faça Sol” da RTP2, que, felizmente, nada tem a ver com os maus programas a que me refiro.

Longe vão os tempos do programa “TV Rural” da RTP, e do saudoso Engenheiro Agrónomo e apresentador de televisão português, José Sousa Veloso! Que nos entrava pela casa adentro ao domingo à hora de almoço!

É que, continua a ser preciso dar conhecimento aos consumidores, pois os jovens e as pessoas urbanas precisam de saber que as alfaces, as maçãs, o peixe, o leite e a carne, entre outros muitos alimentos, não brotam no supermercado!

É preciso responsabilidade social e profissionalismo por parte de quem presta informação, que tem de ser tecnicamente correta, para não induzir em erro os leitores e telespectadores. Não podem só entrevistar gente ciosa de protagonismo, que a troco da visibilidade pública dão opinião sobre tudo, quer saibam quer não saibam.

A cadeia alimentar pode melhorar os seus processos? Sim, pode e tem vindo a fazê-lo! Sem medos!

Quer a criação dos animais, quer a indústria alimentar não são perfeitas! Mas não escamoteiam os seus pontos fracos. Têm vindo a investir e a aplicar esforços incomensuráveis para criarem animais tendo por base as boas práticas de maneio e a biossegurança nas explorações, bem como, no caso da indústria, têm vindo a aplicar mais e mais, planos de higiene e qualidade com vista a produzirem alimentos seguros e de qualidade.

Há que estar atento, pois existem jornalistas que abordam o tema do consumo alimentar de forma imprudente e empírica, esquecendo-se que acabam por moldar a consciência e a sensibilidade dos consumidores. Estes, influenciados de forma negativa alteram os seus comportamentos alimentares.

Não podemos esquecer a Roda dos Alimentos, que ajuda a escolher e a combinar os alimentos que deverão fazer parte da alimentação diária, que deve ser equilibrada, para promover a saúde de cada consumidor.

Queremos mais cronistas/jornalistas como Henrique Raposo, que, sem medo, escreve com rigor e com conhecimento. Queremos mais revistas e redações com vontade de fazerem jus ao Mundo Rural e aos Produtores de Alimentos!

Venham mais destes, Portugal precisa! O Mundo também!

Agricultura e Mar

 
       
   
 

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