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Agricultores espanhóis perdem de 5 M€ na produção de dióspiro em Valência com praga Scirtothrips aurantii

A organização de agricultores e ganadeiros espanhola La Unió, da Comunidade Valenciana, estima que as perdas na produção de dióspiro, para já, devem ultrapassar os 5 milhões de euros, devido aos novos tripes da praga Scirtothrips aurantii, proveniene da África do Sul.

“A nova praga de quarentenária dos tripes Scirtothrips aurantii já está a causar danos directos de mais de cinco milhões de euros aos produtores de dióspiro da Comunidade Valenciana, concentrados principalmente na região da Ribera Alta”, segundo as primeiras estimativas da Unió Llauradora,

A praga foi declarada oficialmente no dia 3 de Julho após a publicação de uma Resolução do Departamento de Agricultura, embora poucos dias antes La Unió já a tivesse tornado pública com base em levantamentos realizados nas diversas áreas produtoras, revela uma nota de imprensa daquela organização de agricultores.

Um estudo da La Unió, com visitas aos campos afectados, revela que a percentagem actual de frutos danificados é de 4%, porque não são adequados para consumo devido aos danos causados ​​pela praga, e 6% na Ribera Alta. Este estudo certifica também que os danos se estendem a todos os municípios da região, com especial incidência em Alzira, L’Alcúdia, Benifaió, Càrcer, Gavarda, Alcântera de Xúquer, Antella, Sellent, Tous e Cotes.

A direcção da La Unió adianta que, “no actual cenário de redução de substâncias activas na União Europeia, os agricultores da Comunidade Valenciana sofrem aumentos desproporcionais nos custos para combater pragas novas e existentes e também têm dificuldades crescentes em controlá-las, por não possuírem ferramentas suficientes”.

E considera que “a actual frouxidão nos protocolos de importação e nos planos de vigilância fronteiriça não pode ser mantida”. Por isso, a organização defende “o aumento da segurança nos protocolos de importação, como é o caso do tratamento pelo frio, onde exige o seu alargamento, e também o reforço dos postos de fiscalização fronteiriços”, bem como a “atribuição de mais recursos aos departamentos fitossanitários. que têm papel de destaque como aliados do sector produtor”.

Autorização de emergência em Portugal

Refira-se que, em Portugal, a DGAV — Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária emitiu uma Autorização Excepcional de Emergência, para utilização de produtos fitofarmacêuticos no controlo da praga de quarentena Scirtothrips aurantii, em plantas hospedeiras, por um prazo máximo de 120 dias.

A Autorização Excepcional de Emergência n.º 2024/20 é para as seguintes culturas: framboesa; mirtilo; morangueiro; citrinos; mangueira; plantas ornamentais; macieiras; pereiras; olival; pessegueiro incluindo nectarinas; videira; abacateiro; e videira.

Ler também:

Praga Scirtothrips aurantii. DGAV explica como prevenir e quais os sintomas

Agricultura e Mar

 
       
   
 

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