A produção de tomate para a indústria foi de 1,69 milhões de toneladas, o que reflecte um aumento de 19%, face a 2022, posicionando esta campanha como a segunda mais produtiva. Na generalidade a qualidade do tomate foi boa, com cor e grau Brix dentro dos parâmetros normais, apesar da traça do tomateiro (Tuta absoluta) ter afectado as últimas searas a serem colhidas.
Os dados são avançados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), nas suas “Estatísticas Agrícolas – 2023”, publicadas hoje, 23 de Julho.
Adiantam os técnicos do INE que as plantações de tomate para a indústria decorreram em boas condições e sem atrasos, apresentando as plantas bom desenvolvimento vegetativo, sem problemas fitossanitários relevantes. A área de tomate para a indústria foi de 17,2 mil hectares, o que corresponde a um aumento de 13% em relação a 2022.
Batata
Por outro lado, refere o documento, “as condições meteorológicas permitiram um razoável desenvolvimento da batata de regadio, cujo aumento de produção foi de 2%, face a 2022. A quantidade de batata de sequeiro colhida também foi superior (+3%), apesar dos reduzidos calibres originados pela falta de humidade e o consequente encurtamento do ciclo, com uma produtividade de cerca de metade da batata de regadio”.
Hortícolas
E acrescentam os técnicos do INE nas suas “Estatísticas Agrícolas – 2023”que, em 2023, “cultivaram-se 36,4 mil hectares de hortícolas, produzindo-se 1,063 milhões de toneladas, o que corresponde, face a 2022, a um decréscimo de 6% na área, mas a um aumento de 4% na produção”.
Dos hortícolas mais produzidos em Portugal, destaques para a cenoura, alface e abóbora (incluindo a butternut), que, face a 2022, registaram aumentos de produção iguais ou superiores a 20%. De notar que a produção destas três culturas, juntamente com a produção de tomate fresco e de couve-repolho, representa, pela primeira vez desde 2011, mais de metade da produção nacional de hortícolas (531 mil toneladas).
Pode ler as “Estatísticas Agrícolas – 2023” do INE aqui.
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