“Oito dos dez lagares do Mundo que moem o maior volume de azeitona do Mundo estão localizados em Portugal, com capacidades entre 60 e 110 milhões de quilos de azeitona por campanha. Tendo em conta que a média mundial é de 1,4 milhões de quilos de azeitona moída por campanha”, revela o estudo “Olivicultura O motor da (r)evolução agrícola nacional”, elaborado pela Consulai – Consultadoria Agro-Industrial e da Juan Vilar Consultores para a Olivum —Associação de Olivicultores e Lagares de Portugal.
E acrescenta que existem quase 14.000 lagares de azeite no Mundo, espalhados pelos cinco continentes, que moem uma média de 15 milhões de toneladas de azeitona por campanha, realçando que pela evolução e crescimento do olival moderno, “Portugal alberga os lagares mais inovadores do Mundo”.
Além disso, “os lagares de Portugal são líderes em termos de inovação, eficiência, eficácia e percentagem de azeites virgem extra obtidos”, adiantam os autores do estudo, apresentado no passado dia 13 de Junho no Seminário “Azeite em Perspectiva: Inovação, Sustentabilidade e Futuro”, promovido pela Olivum, no âmbito da Feira Nacional de Agricultura.
No caso da indústria de extracção de azeite de olival em sebe, os autores do estudo salientam que “não existem refinarias, uma vez que o processo de transformação e produção demora muito pouco tempo após a colheita e é totalmente a partir da árvore, pelo que a qualidade produzida é 100% virgem extra”.
Cada um destes lagares “tem várias linhas de produção, que incluem a recepção do fruto, a recolha prévia, a moagem, a separação, a filtração e o armazenamento. Os lagares de transformação de azeitona em sebe têm maior capacidade de transformação, não só devido ao nível do número de linhas, mas também devido à sua capacidade, visto que a produção total tem de ser moída em menos de 60 dias, com cargas diárias que podem ultrapassar 1 milhão de quilos de azeitona. Além disso, trata-se de um fruto que tem a particularidade de necessitar que o tempo entre a colheita e a moagem seja reduzido”.
Quanto à maquinaria auxiliar utilizada neste tipo de cultura, refere o estudo “Olivicultura O motor da (r)evolução agrícola nacional” que “é também superior em termos de tecnologia e desenvolvimento, uma vez que, para além de ser uma forma inovadora de colher e manusear uma cultura ancestral, é também necessário processar grandes volumes de material”.
“A complexidade e a maior tecnologia utilizada neste moderno sistema de produção de azeite, que apesar da maior capacidade instalada, tem de moer a um ritmo mais baixo (60% da capacidade nominal da linha), uma vez que as pastas são mais difíceis de processar; e tem de processar uma maior quantidade diária de fruta, uma vez que a campanha termina em menos de 60 dias, e é sempre concluída antes do Natal (tomando como referência as datas de colheita da bacia mediterrânica)”, frisam os autores do estudo.
Pode ler o estudo “Olivicultura O motor da (r)evolução agrícola nacional” aqui.
Agricultura e Mar