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Faro une-se a Huelva e Sevilha na luta por ligação ferroviária de alta velocidade entre Algarve e Andaluzia

A Câmara Municipal de Faro uniu-se aos Ayuntamientos de Huelva e Sevilha (Espanha) para reivindicar uma ligação ferroviária de alta velocidade que conecte estas três cidades.

No âmbito do 1.º Encontro Internacional pela alta velocidade, iniciativa realizada no Ayuntamiento de Huelva esta terça-feira, dia 13 de Fevereiro, o presidente da Câmara Municipal de Faro, Rogério Bacalhau, a alcaldesa de Huelva, Pilar Miranda, e o alcalde de Sevilha, José Luis Sanz, assinaram um manifesto em que instam as autoridades nacionais e comunitárias a comprometer-se pelo desenvolvimento deste corredor ferroviário entre o Algarve e a Andaluzia (Espanha), defendendo a sua inclusão como obra prioritária na Rede Transeuropeia de Transportes e dotação dos fundos necessários para o início dos trabalhos prévios, avança uma nota de imprensa da autarquia de Faro.

De acordo com o documento firmado pelos três responsáveis, “a alta velocidade serviu para o desenvolvimento económico de cidades e regiões que, graças a uma moderna rede ferroviária, registaram um notável crescimento”.

Nesse sentido, refere o manifesto, o Algarve e a Andaluzia são dois territórios que “carecem de uma infra-estrutura férrea que permita consolidar um crescimento que lhes facilitar alcançar os níveis de actividade que potenciem os seus recursos e condições, não só naturais, mas também as suas infra-estruturas hoteleiras e industriais”.

“A ligação ferroviária entre o Algarve e a Andaluzia através de uma linha de alta velocidade que conecte Faro com Huelva e Sevilha seria um marco na conectividade entre dois territórios chamados a ser protagonistas, que partilham o desejo de integrar-se nas grandes vias ferroviárias da Europa”, refere ainda, acrescentando que, apesar da melhoria considerável da rede viária nos últimos anos, a falta de uma rede ferroviária transfronteiriça converte-se num handicap para o desenvolvimento logístico do território, bem como para transporte de passageiros em duas zonas com vocação turística.

Para Rogério Bacalhau, este é um investimento no futuro que pode, verdadeiramente, “mudar a cara das nossas regiões”. “A criação de um corredor ferroviário atlântico, que coloque a Linha do Algarve em comunicação com o resto da arquitectura da rede ferroviária espanhola, vai permitir a mobilidade eficiente e rápida de passageiros e mercadorias, mas também vem fomentar a coesão territorial e o desenvolvimento social e económico regional e transfronteiriço”, destacou o autarca, adiantando que este projecto pode ajudar a aproximar o Algarve e a Andaluzia do centro económico europeu, ao mesmo tempo que “permite também dar passos importantes para atingir as metas ambientais de descarbonização”.

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