A edição de 2024 da Feira do Fumeiro de Montalegre realiza-se de 18 a 21 Janeiro e já está em preparação. Por isso, a organização do certame, a cargo da Câmara Municipal de Montalegre e da Associação de Produtores de Fumeiro da Terra Fria Barrosã, convocou os produtores com vista a encetar a melhor estratégia para o evento. Fiscalização mais apertada, aumento de preços dos produtos (em regra a subida é de dois euros) e pagamento da sanidade e abate (cerca de 500 animais) foram alguns pontos aflorados.
A edição 33 da Feira do Fumeiro de Montalegre já está em marcha em matéria de preparação, prometendo “voltar a reunir todos os ingredientes indispensáveis para ser um motivo de romaria permanente nos quatro dias deste emblema do concelho de Montalegre”, refere uma nota de imprensa da autarquia que reforça o investimento nesta “galinha dos ovos de ouro” que continua a ser “um motor económico e que alavanca o tecido comercial do município”.
Na reunião foi dito, de um modo inequívoco, que a Câmara de Montalegre “só assume despesa com os animais que estão sob o chapéu da Associação de Produtores de Fumeiro da Terra Fria Barrosã, ou seja, os animais que estão identificados e com um claro acompanhamento em matéria de sanidade”. Esta passa a ser assumida, na totalidade, pelos cofres da edilidade com a regra de dois terços dois animais identificados terem que ser vendidos na Feira do Fumeiro.
Preços do fumeiro aumentam
Segundo a presidente da Câmara de Montalegre, Fátima Fernandes, “as novidades não são muito significativas. Aquela que tem mais relevância é o preço. A Associação dos Produtores ponderou muito bem esta decisão. Lembrar que há muitos anos que os nossos produtos não sofriam qualquer aumento. Este ano teve de ser atendendo à conjectura que nos rodeia. É preciso valorizar os nossos produtos e dar o rendimento do trabalho que seja justo para os nossos produtores”.
Por essa razão, a Câmara de Montalegre “decidiu assumir a sanidade dos animais. É uma garantia da qualidade e da segurança alimentar. É um apoio para estes produtores, com a exigência que os animais que são abatidos no Matadouro Regional – prática também suportada pela autarquia – têm de ser vendidos na Feira do Fumeiro (2/3), para não acontecer aquilo que aconteceu no ano passado, isto é, chegar a domingo e não haver uma chouriça para venda. Os produtores foram sensíveis a isto que foi dito. Temos motivos para acreditar que vamos ter uma grande feira”, acrescenta Fátima Fernandes.
Por sua vez, o presidente da Associação de Produtores de Fumeiro da Terra Fria Barrosã, Boaventura Moura, salienta que “já antes da pandemia tínhamos intenção de subir os preços. Como sabem, devido à guerra que existe na Ucrânia, os cereais subiram muito. Isto está cada vez mais difícil. Já não compensa fazer fumeiro por isso é que temos menos produtores de fumeiro. Justifica-se, totalmente, esta subida de preços”.
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