O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, diz ser fundamental que os portos turísticos das ilhas das Macaronésia “trabalhem em conjunto, de modo a fazer frente à concorrência”, dando como exemplo dessa concorrência o Porto de Lisboa, que é inclusive um hub.
Miguel Albuquerque – que falava hoje, 27 de Outubro, na gare marítima do Porto do Funchal, durante a cerimónia de assinatura da acta de fundação da Associação Internacional dos Portos das Ilhas da Macaronésia, entre a Madeira, Canárias e Cabo Verde – apontou a necessidade de se trabalhar, em cooperação, de modo a que os percursos de cruzeiro nesta área do Mundo “sejam cada vez mais conhecidos e atractivos e de modo a que os portos turísticos sejam igualmente cada vez mais atractivos, mas também cada vez mais eficientes do ponto de vista energético e ambiental e mais interactivos”.
Mas, não é só nos portos e nos cruzeiros que Miguel Albuquerque pretende a cooperação entre as ilhas e não só entre as ilhas da Macaronésia. Quer uma cooperação alargada entre todas as ilhas europeias, sobretudo as ilhas ultraperiféricas, associadas a Cabo Verde. De modo a que possam continuar a fazer um lóbi positivo no contexto europeu, avança uma nota de imprensa do Executivo madeirense.
O líder madeirense assume que a “União Europeia tem o seu foco no centro e no leste europeus, sendo preciso redireccionar esse foco para as políticas atlânticas”, diz a mesma nota. “É preciso dizer-se que o que dá uma grande dimensão à União Europeia, do ponto de vista geopolítico, são as ilhas. E sobretudo as regiões ultraperiféricas, onde nós trabalhamos em conjunto há muitos anos”, defendeu.
Desta forma, perfilha ser fundamental que se “continue a trabalhar no quadro das regiões ultraperiféricas, reconhecidas pelo Tratado de Funcionamento, no sentido de se reivindicar aquilo a que temos direito”, que “é assegurarmos uma política de coesão efectiva e que permita aos cidadãos residentes nas ilhas os mesmos direitos, as mesmas garantias e a mesma qualidade de vida dos cidadãos que vivem nos territórios continentais da União”.
“Não é nenhum favor. Entendemos que a União Europeia tem mais-valia nas ilhas, nas suas ultraperiferias, mas para que continue a ter essa mais valia é fundamental que continue a garantir aqueles que são os nossos direitos”, explicou o governante.
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