O presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, marcou presença, a 11 de Setembro, na visita oficial de uma delegação da sul-coreana Ulsan Metropolitan City (UMC) e da Ulsan Chamber of Commerce & Industry (UCCI) à base de operação e manutenção do WindFloat Atlantic, situada no porto comercial de Viana do Castelo.
Na sessão, que foi acompanhada por dezenas de jornalistas sul-coreanos, foi também assinado o memorando de entendimento entre aquela cidade e o consórcio que integra a Ocean Winds para criar um parque offshore com 1.25 MW de capacidade ao largo daquela cidade, informa uma nota de imprensa da autarquia.
Em Viana do Castelo, a delegação foi recebida na base da WindFloat Atlantic, onde foi apresentado o projecto e assinado o memorando de entendimento. Na carta de intenções para criar a Indústria de Eólicas Offshore em ULSAN, pode ler-se que esta visa investir e fortalecer a distribuição de energia através de da promoção de uma zona especial regional de energia, com vista à revitalização da economia local sul-coreana.
Parque eólico flutuante com 1.25 MW
O memorando vai permitir desenvolver um parque eólico flutuante com 1.25 MW localizado a 75 quilómetros do porto de ULSAN, na sua zona económica exclusiva. Na sua intervenção na sessão de boas vindas, o autarca de Viana do Castelo sublinhou a sensibilidade deste novo desafio para a transição energética de ULSAN e a ambição da cidade sul-coreana.
“Viana do Castelo é uma referência no offshore, com mais de uma década de experiência”, numa referência ao parque eólico situado ao largo de Viana do Castelo e que a delegação visitou durante a manhã. Luís Nobre revelou ainda que espera que esta seja a primeira de diversas visitas, incitando a que exista uma parceria entre as empresas vianenses e as de Ulsan.
Ocean Winds
De recordar que a Ocean Winds é o resultado de uma joint-venture em 2019 entre a EDP Renewables (EDPR) e a Engie, que compartilham uma visão de que as energias renováveis, especialmente a energia eólica offshore, desempenham um papel fundamental na transição energética global.
Um dos parques está situado ao largo de Viana do Castelo. Em 2019, o Windfloat Atlantic foi um projecto pioneiro, com 3 turbinas, as maiores do Mundo na época, com capacidade de 8,4 MW cada.
O Projecto WindFloat desenvolveu uma tecnologia inovadora para permitir a exploração do potencial eólico no mar, em profundidades superiores a 40m. O foco de inovação do projecto foi o desenvolvimento de uma plataforma flutuante, com base nas experiências da indústria de petróleo e gás, para suportar turbinas eólicas multi-MW em aplicações marítimas, acrescenta a mesma nota.
A plataforma flutuante é semi-submersível e está ancorada no fundo do mar. A estabilidade é devida ao uso de “placas de aprisionamento de água” na parte inferior dos três pilares, associada a um sistema estático e dinâmico de lastro. O WindFloat adapta-se a qualquer tipo de turbina eólica marítima. É construído inteiramente em terra, incluindo a instalação da turbina, evitando, deste modo, que os trabalhos tenham de ser feitos em alto mar, o que teria um impacto no meio marinho.
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