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Governo dos Açores assina protocolo com Fundação Gaspar Frutuoso para melhoramento fitossanitário de castas tradicionais

O secretário Regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural, António Ventura, anunciou hoje, 7 de Setembro, na Madalena, que o Executivo, através da tutela da Agricultura, vai assinar um protocolo de colaboração com a Fundação Gaspar Frutuoso para o melhoramento fitossanitário de castas tradicionais de videiras dos Açores.

António Ventura falava à margem de uma visita à PicoWines — Adega Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico, onde destacou que a investigação será efectuada com financiamento assegurado pelo PROPURAL+, no âmbito das castas regionais, refere uma nota de imprensa do Governo dos Açores.

Esta investigação será efectuada nos Laboratórios do Centro de Biotecnologia da Universidade dos Açores por um período de três anos.

“Considerando que as castas tradicionais de videira açorianas sofreram uma progressiva degradação sanitária devido ao longo cultivo, este projecto pretende utilizar ferramentas biotecnológicas para responder a uma necessidade emergente de produzir material de propagação de elevado valor acrescentado”, frisou o governante.

“Os objectivos desta investigação consistem em estabelecer uma colecção in vitro de clones de castas do Verdelho, Arinto dos Açores e Terrantêz do Pico e de porta-enxertos de Aranheira e Capote tradicionais açorianos, assim como recorrer a métodos de diagnóstico moleculares para rastreio de infecções virais presentes nas castas a sanear e monitorizar a eficácia do processo de saneamento”, avançou.

Erradicar os vírus

Para além destes, continuou o secretário Regional, “pretende-se erradicar os vírus com maior impacto económico, por via da termoterapia in vitro combinada com preparação de meristemas; assegurar a correcta identidade das castas com recursos a marcadores moleculares e, por fim, quer-se conservar e micropropagar material vegetal de elite para futuro estabelecimento de colecção e campos de pés-mães”.

“O plantio de videiras isentas de vírus torna-se indispensável para controlar as doenças virais nas novas plantações de vinha e assim evitar perdas na produção agrícola, evitar a importação de novas cultivares de outros países ou regiões, preservar o germoplasma tradicional e contribuir para a manutenção da Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico e para o desenvolvimento sustentável da Vitivinicultura Açoriana”, concluiu António Ventura.

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