AGRICULTURA E MAR Revista do mundo rural e da economia do mar
A entidade coordenadora da Rede de Arrojamentos de Cetáceos dos Açores (RACA) — Direcção Regional de Políticas Marítimas (DRPM) —, promoveu uma formação em necropsias de cetáceos, com componentes teórica e prática, dirigida a médicos veterinários de todas as ilhas dos Açores.
Segundo uma nota de imprensa do Executivo açoriano, com esta formação, a DRPM pretendeu “criar capacidades, nos Açores, para melhorar a eficácia da resposta aos arrojamentos e avaliar as causas de morte dos animais marinhos que arrojam nas costas das ilhas, procurando determinar a relação desse fenómeno com o estado ambiental das águas”.
Na componente prática desta formação, avança a mesma nota, participaram 61 formandos. Para além dos 32 médicos veterinários de todas as ilhas, a quem esta formação se destinava, foi também ministrada formação aos 15 estudantes do Curso Preparatório de Medicina Veterinária da Faculdade de Ciências Agrárias e do Ambiente, da Universidade dos Açores, bem como a vários operacionais da RACA (da Secretaria Regional do Ambiente e Alterações Climáticas e da Direcção Regional de Políticas Marítimas).
Formação prática
As sessões práticas desta formação de necropsias foram realizadas nas ilhas do Faial, São Miguel e Terceira, tendo sido necropsiados cinco cetáceos (dois golfinhos-comuns na Terceira, um golfinho roaz e um golfinho pintado no Faial e um golfinho-comum em São Miguel). Todos os animais provieram de arrojamentos que tiveram lugar entre janeiro e fevereiro de 2023, tendo sido reservados para este fim.
Esta formação foi ministrada e certificada pelos médicos veterinários do Instituto Universitário de Saúde Animal e Segurança Alimentar (IUSA) da Universidade de Las Palmas de Gran Canaria (ULPGC) e a acção enquadrou-se nas Jornadas de Transferência de Conhecimentos Sanitárias, promovidas pelo projecto MARCET II. Esta ação também tem enquadramento nos objectivos do projeto LIFE IP Azores Natura, que visa a reestruturação e capacitação da RACA.
Nos Açores, esta iniciativa contou com a colaboração do Laboratório Regional de Veterinária (LRV), Serviços de Desenvolvimento Agrário do Faial, e Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Universidade dos Açores, e ainda com o apoio da Faculdade de Ciências Agrárias e do Ambiente (FCAA), Lotaçor, Serviço de Ambiente e Alterações Climáticas (SAAC) das ilhas do Faial e de São Miguel e do Museu de Angra do Heroísmo.
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