Os técnicos da EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva consideram que, “a vinha, para uva de mesa, é uma cultura com grande potencial na região, mas para ter sucesso implica escala, poder financeiro, conhecimento técnico e mercados”.
Segundo o Anuário Agrícola de Alqueva 2022, publicado pela EDIA, em relação à uva de mesa existem duas explorações, com peso no mercado nacional e no mercado de exportação, que estão localizadas no EFMA — Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, o “Vale da Rosa” em Ferreira do Alentejo e a “Les Vergers du Soleil” em Serpa.
“Embora com dimensões diferentes, e em estádios diferentes de evolução (“Vale da Rosa” existe há mais de 40 anos e a “Les Vergers du Soleil” iniciou a sua produção desde 2016) encontram-se cada vez mais implementadas no mercado e a obter resultados positivos”, realçam os técnicos da EDIA.
Por ouro lado, acrescenta o Anuário, a produção de vinhos no Alentejo tem seguido uma trajectória ascendente, fruto do maior reconhecimento da sua qualidade. “As maiores ameaças prendem-se com o facto de, face a um mercado muito competitivo, em que a exportação é essencial, a produção local ser muito pulverizada”.
A evolução da área de vinha, embora noutra dimensão, também aumentou exponencialmente, nos primeiros anos de funcionamento do EFMA, como a cultura do olival. Os agricultores já estavam instalados e utilizavam recursos próprios para regar a cultura, refere o Anuário. E acrescenta que com a entrada em funcionamento dos perímetros de rega de Alqueva, os agricultores limitaram-se a ligar os seus sistemas á rede da EDIA.
Não obstante esta razão, também se verificou um aumento de novas plantações de vinha, beneficiando da existência do programa VITIS, regime de apoio à reestruturação e reconversão das vinhas.
Em 2022 foram inscritos 5.383 ha de uva para vinho e 491 ha de uva de mesa, nos perímetros de rega de Alqueva.
Pode consultar o Anuário Agrícola de 2022 aqui.
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