A Associação Valenciana de Agricultores (AVA-ASAJA) manifesta a sua “extraordinária preocupação pelo salto quantitativo e qualitativo na expansão da Xylella fastidiosa no país vizinho porque supõe um risco exponencial tanto para a agricultura espanhola como europeia”.
Por isso, aquela organização espanhola de agricultores diz que “urge tomar medidas de controlo para travar o avanço em solo luso tanto desta enfermidade como do vector transmissor do HLB Trioza erytreae”.
Em comunicado, a AVA-ASAJA refere que “a última informação publicada pelo Ministério de Agricultura de Portugal sobre a Xylella fastidiosa constata que os sintomas desta bactéria foram detectados num total de 75 espécies de plantas, entre os quais se encontram todos os principais tipos de cítricos presentes na Comunidade Valenciana (tangerina, laranja, limão e toranja), o olival, a vinha, o pêssego, a cereja, plantas ornamentais (laureiro, lavanda, adelfa, rosa, etc.) e o carvalho. Por outro lado, segundo dados actualizados no passado mês de Dezembro, a enfermidade expandiu-se a dez novas localidades de três concelhos na zona do Porto”.
Na verdade, segundo a informação disponibilizada pela DGAV – Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária, actualizada a 7 de Dezembro de 2022, são 77 os géneros e espécies vegetais detectados infectados por Xylella fastidiosa na zona demarcada da área metropolitana do Porto.
Por isso, a Associação Valenciana de Agricultores, presidida por Cristóbal Aguado pede “urgência às administrações de Portugal e de Espanha a tomar todas as medidas de controlo com o objectivo de travar o avanço e impedir a introdução desta enfermidade, assim como do vector transmissor do Huanglongbing (HLB) Trioza erytreae, que já se encontra no Algarve, cada vez mais próximo das plantações de citrinos de Huelva”.
Avança o mesmo comunicado que, a AVA-ASAJA participa em dois projectos de investigação dirigidos à prevenção do HLB. Por um lado, o projecto LIFE Vida for Citrus trata de proteger o sector dos cítricos desenvolvendo plantas resistentes à enfermidade, e com o objectivo de estabelecer práticas culturais respeitosas com o meio ambiente. Por outro lado, salienta o programa H2020 Pre-HLB, que pretende implementar acções preventivas para limitar a introdução potencial do HLB e reduzir o seu impacto económico na UE.
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