O ministro do Ambiente e da Acção Climática, Duarte Cordeiro, afirmou hoje, 27 de Abril, que “os fogos rurais têm efeitos muito negativos para toda a sociedade, desde os dramas humanos às consequências económicas e sociais, mas também um papel muito prejudicial do ponto de vista ambiental. Nós não vamos conseguir atingir as nossas metas ambientais se não conseguirmos diminuir o número de fogos rurais”.
Duarte Cordeiro, que falava durante uma visita de campo aos trabalhos de prevenção de fogos rurais desenvolvidos no Perímetro Florestal de Góis, a cargo do ICNF — Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, em conjunto com o Município da Góis, referiu ainda que é fundamental Portugal diminuir a área ardida e, por consequência, aumentar a sua capacidade florestal.
“Não podemos concentrar toda a atenção na diminuição das emissões de gases poluentes, mas devemos também dar atenção à capacidade que o País tem como sumidouro” de carbono, no que a floresta assume uma especial preponderância, frisou o ministro.
Duarte Cordeiro disse ainda que, quando se olha para uma árvore, “não se deve ter apenas em atenção o seu potencial económico, mas também a importância ambiental”.
Prevenção
Por outro lado, o ministro realçou o papel central do ICNF na estratégia nacional de prevenção de fogos, trabalho essencial para diminuir o impacto de futuros incêndios.
Na acção a que Duarte Cordeio assistiu, o ICNF, juntamente com baldos locais, fez trabalhos de limpeza de terrenos e de criação de aceiros, tendo também sido visitada uma encosta que tinha sido tratada recentemente com recurso a fogo controlado.
Em 2021 houve um aumento de 75% na execução da rede primária e faixas de interrupção de combustível (7.336 hectares) face a 2020, registando-se também aumentos significativos na criação de mosaicos de gestão de combustível (16 mil hectares), área tratada com fogo controlado (3942 hectares) e nos caminhos florestais (criados mais 4 mil quilómetros).
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