O director Regional dos Assuntos do Mar açoriano acompanhou hoje, 5 de Maio, a operação de libertação em alto mar de três tartarugas-bobas (Caretta caretta) que estiveram em recuperação no Aquário de Porto Pim, na cidade da Horta.
Filipe Porteiro salientou que os animais foram encontrados “muito debilitados”, tendo sido transferidos para os tanques do Aquário de Porto Pim, onde foram tratados, alimentados e monitorizados, “encontrando-se agora em perfeitas condições para voltar ao seu habitat natural”.
Esta missão, enquadrada no projecto COSTA (Consolidating Sea Turtle Conservation in the Azores) e na RACA (Rede de Arrojamentos de Cetáceos e de outros Animais Marinhos dos Açores), foi levada a cabo pelo IMAR-DOP, em parceria com a Direcção Regional dos Assuntos do Mar, o Observatório do Mar dos Açores, o Parque Natural da Ilha do Faial e a empresa Flying Sharks.
Esta missão conjunta, segundo o director regional, é “um bom exemplo da cooperação entre diferentes parceiros que partilham recursos humanos com um objectivo comum”.
O Aquário de Porto Pim é uma infra-estrutura especializada que tem como um dos seus objectivos a recuperação de animais marinhos sensíveis.
Répteis em perigo
As tartarugas marinhas são répteis classificados como ‘Espécies em Perigo’, encontrando-se protegidos desde 1979 pela Convenção de Berna, sendo que a tartaruga-boba é uma espécie considerada ameaçada pela União Internacional para a Conservação da Natureza e é prioritária na Rede Natura 2000.
A tartaruga-boba é também uma das espécies seleccionadas para ajudar na Avaliação do Bom Estado Ambiental da Directiva Quadro Estratégia Marinha (DQEM).
Aparelhos e redes de pesca perdidos ou abandonados constituem uma forte ameaça, sendo outra o lixo flutuante, nomeadamente os plásticos.
Agricultura e Mar Actual