As direcções das três Organizações do Sector da Caça de 1.º nível (Fencaça — Federação Portuguesa de Caça; ANPC — Associação Nacional de Proprietários Rurais, Gestão Cinegética e Biodiversidade; e CNCP – Confederação Nacional dos Caçadores Portugueses) estão a aconselhar os caçadores a enviarem emails ao Governo. Querem que a caça seja reconhecida como uma “actividade essencial para o País”. e pedem uma clarificação sobre a possibilidade da caça ser praticada ou não nos 121 concelhos com medidas especiais devido à pandemia de Covid-19.
Em comunicado, aquelas três organizações dirigem-se a “todos, portuguesas e portugueses, que vivem a caça ou vivem da caça”, seja pela “sua paixão por esta prática fortemente enraizada na nossa cultura”, seja pelo seu “amor ao campo e à natureza”, seja por ser a caça, “de forma directa ou indirecta, a sua fonte de sustento ou a sua actividade profissional”.
“Estamos no auge da época de caça e a quantidade de informações contraditórias sobre a possibilidade da caça ser praticada ou não nos 121 concelhos com maiores restrições ou pelos que aí residem, é absolutamente insuportável e causadora de enorme insegurança e situações de injustiça social, especialmente quando comparado com outras actividades”, refere o comunicado.
Exigência de clarificação
E acrescenta que “exige-se ao Governo e à Administração que clarifiquem cabalmente aos cidadãos e às entidades que operam no sector, que a caça, pela suas características de baixo risco e pela sua importância, é uma actividade permitida, não deixando arrastar este assunto”.
Aqueles responsáveis não compreendem nem aceitam que “a caça, actividade de ar livre, de grande distanciamento social e de extrema importância para o Mundo Rural e para a conservação dos recursos naturais esteja limitada, ao passo que outras actividades com muito maior risco de transmissão e contágio de Covid-19 continuem”.
“Não compreendemos que a caça, actividade que tem um código e regras a aplicar durante a pandemia, devidamente aprovadas pela DGS, que nas palavras desta autoridade nacional de saúde ‘beneficia do facto de ser praticada em espaços rurais com baixa densidade populacional, logo em espaços abertos e com grande distanciamento físico entre os intervenientes’ esteja limitada, ao passo que outras actividades com risco de contágio e transmissão muito superiores, estejam permitidas”.
Emails seguem para o Governo
Por isso, as direcções das três Organizações do Sector da Caça de 1.º nível dizem ser “tempo de demonstrarmos, a quem nos governa, que a caça, como actividade essencial para o Mundo Rural, como actividade legal e que não pode ficar sujeita a ideologias de gosto ou da ditadura que algumas minorias querem impor aos portugueses, merece maior respeito e atenção”.
Numa altura em que se desaconselha a realização de manifestações ou marchas de rua, “existem outras formas de manifestarmos a nossa posição e a nossa insatisfação face à situação presente, nomeadamente através de canais como são os contactos directos de quem nos Governa. Para que nos oiçam”, salienta o mesmo comunicado.
Por isso, os caçadores apelam a “todos que manifestem a sua posição enviando um email para quem nos tutela e administra, exigindo que a caça seja considerada uma actividade essencial e, por conseguinte, seja devidamente contemplada no conjunto de excepções que permitem a realização de deslocações por parte dos cidadãos”.
Veja aqui o texto que os caçadores propõem enviar para os seguintes emails:
- gabinete.pm@pm.gov.pt;
- gabinete.maac@maac.gov.pt;
- gabinete.ma@ma.gov.pt;
- gabinete.mct@mct.gov.pt;
- gabinete.secnfot@maac.gov.pt;
- secretariado.cd@icnf.pt;
Caso queira dar conhecimento às três organizações, de ter enviado o seu email, coloque também este endereço de email em cópia: cinegetica.atividade.essencial@gmail.com.
Agricultura e Mar Actual