A conserveira Pinhais está a festejar o seu centenário. E anuncia que vai abrir o seu Museu Vivo da Indústria Conserveira em 2021. Um projecto que visa contribuir para a sustentabilidade e valorização da indústria conserveira de Matosinhos e proporcionar uma experiência absolutamente inédita, especialmente pensada para a comunidade local, turistas e clientes.
Tendo mantido a localização original, num edifício que mantém a traça arquitectónica e que, em Fevereiro, recebeu a classificação de edifício de Interesse Municipal, a conserveira prevê lançar no próximo ano um museu vivo da indústria conserveira, em parceria com a Câmara Municipal de Matosinhos.
No dia do seu centenário, 23 de Outubro, a Pinhais lança ainda um livro comemorativo, que conta a história da empresa e da indústria conserveira através de imagens e testemunhos de colaboradores, parceiros de negócio e fornecedores (antigos e actuais).
Tradição familiar preservada
Em 2016, a empresa passou por uma crise que levou à sua venda à Glatz, empresa austríaca, que era, na altura o principal cliente da conserveira: Mas este negócio teve como única condição que o processo produtivo se mantivesse artesanal.
“A Pinhais tem um papel de destaque na economia das comunidades piscatórias e famílias matosinhenses ao longo do último século. Hoje, o melhor pescado, vindo da costa do Atlântico, continua a ser comprado diariamente, de forma criteriosa garantindo a sustentabilidade dos pescadores”, refere um comunicado da empresa.
“As relações duradouras marcam de resto o percurso da Pinhais que, entre mais de uma centena de colaboradores, conta com diferentes gerações da mesma família. A D. Emília da Afurada é a colaboradora mais antiga, trabalha na conserveira há 49 anos. Há ainda colaboradores actuais que frequentaram a creche, que existiu no passado, para os filhos dos colaboradores de então. Um legado que passa de geração em geração, que preserva e valoriza o papel cultural, económico e social que a Pinhais desempenhou nos últimos cem anos”, reforça o mesmo comunicado.
A marca Portugal nos mercados externos
Símbolo da portugalidade e da qualidade dos produtos nacionais, a indústria conserveira tem vindo a crescer nos mercados internacionais. Como marca de nicho que é, a Pinhais alcança, porém, mercados premium como Estados Unidos.
Actualmente, a empresa tem no mercado norte-americano um dos mais importantes parceiros. Além dos EUA, Áustria, Itália, França, Curaçau, Aruba, Dinamarca e Holanda são os países para os quais a conserveira mais exporta. Presente em 27 mercados, 95% da produção da Pinhais destinam-se a mercados internacionais. Em Portugal, os produtos estão disponíveis em lojas seleccionadas e restaurantes premium.
Recentemente, e com o objectivo de levar as suas conservas à mesa de consumidores no Mundo inteiro, a Pinhais lançou a sua loja online (acessível em shop.conservaspinhais.pt) que permitiu à empresa chegar a mercados tão diversos como o Nepal ou o México, num total de mais de quarenta e oito mercados diferentes.
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