A situação epidemiológica da Peste Suína Africana na Europa está a registar um agravamento. Registaram-se mais dois focos em suínos domésticos na parte mais ocidental da Polónia, junto à fronteira com a Alemanha.
Por isso, a DGAV — Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária reforça as medidas preventivas da doença, no âmbito do Plano de Acção e Prevenção da Peste Suína Africana 2019-2021.
Segundo a Nota Informativa n.º 2/2020/PSA, a Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária solicita aos produtores, comerciantes, industriais, transportadores, caçadores, médicos veterinários e a quem interage com os efectivos de suínos e com as populações de javalis para que reforcem as seguintes medidas preventivas:
– Aplicação correcta das medidas de biossegurança nas explorações, nos centros de agrupamento e entrepostos;
– Aplicação apropriada das medidas de biossegurança nos transportes, nomeadamente no respeitante à limpeza e desinfecção dos veículos que transportam os animais;
– Aplicação adequada das boas práticas no acto da caça;
– A proibição da alimentação de suínos com lavaduras (art.º 23.º Decreto-lei n.º 143/2003 de 2 de Julho) e com restos de cozinha e mesa ou matérias que os contenham ou deles derivem (alínea b) art.º 11 do Regulamento n.º 1069/2009 de 21 de Outubro);
– Não deixar restos de alimentos acessíveis a javalis, colocando-os sempre em caixotes de lixo protegidos dos animais selvagens;
– O adequado encaminhamento e destruição dos subprodutos animais em conformidade com o Regulamento n.º 1069/2009 de 21 de Outubro;
– A exigência de todos os intervenientes de reportar qualquer ocorrência ou suspeita de PSA bem como aumentos anormais na mortalidade nas populações de javalis (art.º 3.º do Decreto-lei n.º 267/2003 de 25 de outubro), aos serviços regionais e locais da DGAV (os contatos dos serviços, os nomes, telefones e endereços eletrónicos estão no portal da DGAV: Portal DGAV Página Planos de contingência contactos.
Epidemia alastra na Europa
A situação epidemiológica da Peste Suína Africana (PSA) na Europa e no mundo continua a agravar-se. Na Polónia, a 23 de Março foi confirmado o primeiro foco de PSA em suínos domésticos em 2020, numa exploração com cerca de 23.746 suínos perto da fronteira com a Alemanha (a 12 km).
A 5 de Abril foi notificado um segundo foco numa suinicultura que pertencia ao mesmo titular e que se localizava numa zona considerada livre de PSA e sem restrições. Acresce ainda que continua a ser reportado um grande número de casos de PSA em javalis naquele Estado-membro. Desde o início deste ano até esta data foram notificados 1.878 casos em javalis.
Hungria e Bulgária
Por outro lado, as autoridades veterinárias da Hungria continuam a notificar um grande número de casos de PSA em javalis desde o início deste ano 1536 casos até à presente data.
Também na Bulgária a situação epidemiológica da PSA continua a agravar-se. Desde o início de 2020 foram notificados 207 casos em javalis e 16 focos em suínos domésticos.
Já na Roménia a situação da PSA continua grave. Desde o início do ano até esta data foram notificados 201 focos em suínos domésticos e 397 casos em javalis.
Também têm ocorrido casos em javalis desde o dia 1 de Janeiro deste ano até à presente data na Bélgica (3), Eslováquia (52), Estónia (19), Letónia (91), Lituânia (75) e Itália (32).
Realça a DGAV que continuam ainda a ser notificados casos em javalis e focos em suínos domésticos na Federação Russa, Moldávia, República da Sérvia e na Ucrânia perto das zonas de fronteira com a União Europeia.
Na Ásia, a PSA continua a disseminar-se pela República Popular da China, Mongólia, Hong Kong, Vietname, Cambodja, Coreia do Norte, Laos, Myanmar, Filipinas, Coreia do Sul, Timor Leste e Indonésia.
A PSA também se disseminou à Oceânia a 25 de Março de 2020, onde foram confirmados 4 focos em suínos domésticos na Papua-Nova Guiné, aumentando o risco de introdução na Austrália dada a proximidade geográfica com aquele país.
Agricultura e Mar Actual