A empresa de tecnologia Continental anunciou hoje, 17 de Março, o encerramento da produção na sua fábrica automotiva em Palmela até ao fim de 2021. O fecho vai afectar cerca de 370 colaboradores.
A Continental tem produzido maxilas de travões dianteiros na fábrica há 25 anos. A razão desta medida é a queda do mercado global de automóveis de passageiros. As estimativas actuais são significativamente mais baixas em comparação com as previsões de há um ano e meio e mostram que os volumes da produção automóvel continuam a cair. Esta situação resulta igualmente na redução do mercado de maxilas de travão e, por consequência na redução dos volumes de produção de Palmela, explica um comunicado da empresa.
“A redução dos volumes cria uma capacidade excedentária e leva a uma crescente pressão num mercado cada vez mais focado na redução de custos dos custos. Estes efeitos exigem que agrupemos volumes e que usemos efeitos de escala para assegurar a nossa competitividade e para consolidar as nossas fábricas de maxilas de travão na Europa”, informa Bernhard Klumpp, director-geral da unidade de negócios Sistemas Hidráulicos de Travagem da Continental.
Continental em Portugal
A fábrica de Palmela produz maxilas de travões dianteiros para fabricantes automóveis a nível mundial desde a sua fundação em 1993. Em Portugal, a Continental é um forte empregador com cerca de 3.700 colaboradores em sete diferentes localizações. Portugal como mercado, assim como as suas pessoas altamente qualificadas, continua a ser importante para a Continental.
Isto reflecte-se na já prevista ampliação da Continental Engineering Services (CES) no Porto. Actualmente, a empresa, que oferece serviços de engenharia a clientes internos e externos, emprega 40 engenheiros. Está previsto o aumento deste número para 150 até 2022.
O apoio aos colaboradores afectados “é a principal prioridade”
Actualmente trabalham cerca de 370 colaboradores na fábrica de Palmela. “Estamos conscientes do impacto que esta decisão tem nos nossos colaboradores. O apoio às pessoas em Palmela é a nossa principal prioridade”, afirma Pedro Gaiveo, director-geral da fábrica da Continental em Palmela.
“Vamos colaborar estreitamente com a Comissão de Trabalhadores para desenvolver um pacote abrangente de compensação. Este pacote vai incluir indemnização e apoio na procura de um novo emprego dentro ou fora da Continental”, acrescenta Pedro Gaiveo.
“Transformation 2019 – 2029”: Fortalecer a competitividade
Esta medida faz parte do “Transformation 2019 – 2029”, o programa da Continental para fortalecer a competitividade da empresa a longo prazo e para assegurar a sua viabilidade. Com o programa global, a Continental responde à queda da produção automóvel a nível mundial e à já crescente procura dos clientes por soluções digitais.
A Continental desenvolve tecnologias e serviços pioneiros para uma mobilidade sustentável e conectada das pessoas e dos seus bens. Fundada em 1871, a empresa de tecnologia oferece soluções seguras, eficientes, inteligentes e acessíveis para veículos, máquinas, tráfego e transporte.
Em 2019, a Continental alcançou um volume de vendas de 44,5 mil milhões de euros e emprega actualmente mais de 240.000 colaboradores em 59 países e mercados.
A área de negócios de mobilidade e segurança desenvolve, produz e integra tecnologias de segurança activa e passiva e controla a dinâmica do veículo.
O portefólio de produtos vai desde travões electrónicos e hidráulicos e sistemas de controlo de chassis até sensores, sistemas de assistência à condução, sistemas electrónicos e de sensores de airbags, assim como sistemas de suspensão, sistemas de limpa-para-brisas e bocais de limpeza de faróis.
O foco está no alto nível de experiência em sistemas e na combinação de componentes individuais. Desta forma, os produtos e as funções de sistema são criados ao longo da cadeia de efeitos SensePlanAct, o que torna a condução mais segura e mais fácil e abre caminho para a mobilidade autónoma.
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