A Protecção Civil de Silves e de Loulé receberam formação sobre diferentes técnicas de identificação e destruição de ninhos de vespas asiáticas, em contexto de trabalho de campo, através de uma parceria de trabalho de grande proximidade com o Serviço Municipal de Protecção Civil de Montemor-o-Velho (distrito de Coimbra), que orientou a formação. Ao todo foram nove os agentes municipais a receberem esta formação.
Este serviço, cuja experiência no âmbito da identificação, monitorização e destruição de ninhos de vespas asiáticas naquele território e trabalho inovador e consistente é amplamente reconhecido, tem vindo a eliminar diariamente entre 15 a 16 ninhos de vespa velutina no concelho, com recurso a tecnologia própria, que tem vindo a ser desenvolvida para esse efeito.
Partilha de experiências e informação
Explica fonte da autarquia de Silves que esta acção decorre da necessidade de cada vez mais os municípios partilharem experiências e trocarem informação e soluções que, com as devidas adaptações, possam ser implementados nos seus territórios.
Neste caso, a articulação regional existente entre os serviços municipais de Protecção Civil de Silves e Loulé é reforçada pelo apoio disponibilizado por Montemor-o-Velho que, no âmbito desta nova ameaça, dispõem de amplo conhecimento e experiência.
Silves sem vespa asiática
Embora no concelho de Silves e na região do Algarve ainda não tenha sido verificada a presença desta espécie, tratando-se de uma espécie invasora bastante resiliente, esta acção é entendida pelo município como “uma mais-valia em termos de medidas de antecipação e de preparação técnica, para apoio à comunidade, no caso da sua proliferação para o Sul do País e para o nosso concelho se vir a efectivar a curto prazo”.
Note-se que a vespa velutina é uma espécie invasora, que causa impactos e efeitos negativos graves em três áreas distintas: no ambiente e biodiversidade (já que exercem uma forte predação de abelhas e de outros insectos polinizadores, que garantem o equilíbrio dos ecossistemas), na saúde pública (pois são um risco para as pessoas, devido à sua picada) e na apicultura (através da destruição de colmeias), apresentando por isso, também, um efeito negativo no que toca à dimensão económica.
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