O jornalista fundador do site agriculturaemar.com, Carlos Caldeira, entrevistou a nova ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, para o Jornal Económico.
A ministra garante que a redução do efectivo bovino até 50% pode não acontecer. “Vamos estudar essa possibilidade. Temos de trabalhar num justo equilíbrio de sustentabilidade”.
Maria do Céu Albuquerque disse na entrevista que “temos que encontrar, de facto, um equilíbrio entre aquilo que é a sustentabilidade económica dos sectores e o que é a sustentabilidade ambiental. Repito, e vai-me ouvir ao longo desta legislatura dizer isto vezes sem conta, o sucesso daquilo que nos propomos fazer é um equilíbrio entre factores. Queremos uma sociedade mais igual com desenvolvimento social pleno, combater as desigualdades, a exclusão e criar igualdade de oportunidades para todos. Para isso temos de ter políticas económicas e ambientais que se equilibrem e é neste justo equilíbrio que vamos trabalhar”.
Redução do efectivo bovino?
À pergunta “Está a dizer que a redução do efectivo bovino pode vir a não acontecer?“, a ministra respondeu: “Vamos estudar essa possibilidade, a possibilidade de contrapor aquilo que é o efeito no sequestro de carbono da produção bovina com outras medidas que o contraponham. É neste justo equilíbrio que vamos ter de trabalhar, é num justo equilíbrio entre a quantidade de água disponível e aquela que as nossas espécies necessitam que vamos ter de trabalhar”.
Por outro lado, Maria do Céu Albuquerque disse que já reuniu com a CAP (Confederação dos Agricultores de Portugal), a Confagri (Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas) e a CNA (Confederação Nacional da Agricultura), com a Confederação Nacional dos Jovens Agricultores de Portugal. “E claramente que temos vindo a falar sobre isto. E o que lhe estou a dizer é o mesmo que lhes tenho dito. Curiosamente, esta forma como abordei os temas não lhes foi indiferente e subscreveram-na. A nossa intenção é trabalhar ao lado dos agricultores, a quem defendemos, e das suas associações representativas, para encontrarmos respostas que sirvam este modelo em que acredito piamente”.
Pode ler a entrevista completa aqui.
Agricultura e Mar Actual