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Concurso Europeu Árvore do Ano 2020. Já escolheu a portuguesa? Vote até 1 de Dezembro

A votação online do concurso da árvore portuguesa que representará Portugal no Concurso Europeu Árvore do Ano 2020 está a decorrer até 1 de Dezembro. A árvore portuguesa vencedora será anunciada no dia 2 de Dezembro. Conheça as árvores portuguesas a concurso, na parte final do artigo.

Foram 35 as árvores que se apresentaram a concurso tendo o júri, composto por Bagão Félix, Rui Queirós (ICNF — Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas) e António Gonçalves Ferreira (UNAC — União da Floresta Mediterrânica), seleccionado as 10 que se encontram disponíveis para votação online, aqui.

Se muitas destas árvores têm uma essência histórica, religiosa ou paisagística, não podemos esquecer que de forma isolada nos espaços urbanos, ou em conjunto nos jardins e espaços florestais, para além da componente estética, são promovidas outras funções como a conservação do solo, o sequestro de carbono e a regulação do ciclo da água, bem como a produção sustentável de bens necessários a todos: madeira, cortiça, papel, produtos cárnicos, cogumelos, frutos secos, plantas aromáticas e medicinais.

Azinheira Secular do Monte Barbeiro

No ano passado, a vencedora do concurso nacional foi a Azinheira Secular do Monte Barbeiro, de Mértola. Que obteve o 3.º lugar no Concurso Europeu Árvore do Ano.

A melhor forma de perceber a grandiosidade da “Azinheira Secular do Monte do Barbeiro” é efectivamente pela sua sombra. Sentarmo-nos debaixo da sua copa faz com que o calor abrasador do Alentejo nos pareça suportável e nos permita contemplar a vastidão da planície envolvente respirando a sua tranquilidade.

O público português premiou uma árvore que se destaca pelas suas grandiosas dimensões comparativamente aos exemplares da sua espécie, uma árvore enraizada nas vidas e no trabalho das pessoas e da comunidade que a rodeia no Alentejo.

Organização da UNAC

A organização do concurso nacional está entregue à UNAC – União da Floresta Mediterrânica. Quanto ao evento Árvore Europeia do Ano irá decorrer entre Fevereiro e Abril do próximo ano, com uma final constituída pelos vencedores dos diferentes concursos nacionais.

O concurso surgiu em 2011 e foi inspirado no popular concurso checo Árvore do Ano, organizado pela Czech Environmental Partnership Foundation em que participam 13 países sob a organização da EPA – Environmental Partnership Association.

O propósito da Árvore Europeia do Ano é destacar a importância das árvores antigas na herança cultural e natural, que merece toda a nossa atenção e protecção.

Ao contrário de outros concursos, a Árvore Europeia do Ano não se foca apenas na beleza, no tamanho ou na idade da árvore, mas sim na sua história e relações com as pessoas.

Árvores portuguesas em concurso

Canforeira de Bencanta

Espécie: Canfoeira (Cinnamomum Camphora)
Idade: 167 anos
Altura: 28 metros
Perímetro do Tronco: 9 metros
Localidade: Bencanta, Coimbra

Trata-se da maior canforeira de Portugal e muito possivelmente da Europa. Com umas dimensões notáveis, constitui uma referência na paisagem para quem viaja de comboio vindo do Sul. A cidade do Mondego e dos estudantes é anunciada por este magnífico exemplar que terá chegado à Europa depois da Rota do Cabo ter permitido a introdução de novos produtos como o chá, o café, o tabaco, a canela, e claro está da cânfora.

Castanheiro de Vales

Espécie: Castanheiro (Castabea Sativa)
Idade: 1.000 anos
Altura: 21 metros
Perímetro do Tronco: 14 metros
Localidade: Tresminas, Vila Pouca de Aguiar

Por entre paisagens agrícolas e florestais de encantar chegamos a Vales, onde encontramos um magnífico castanheiro. O seu proprietário convida, todos os que por lá passam, a entrar no terreno e contemplar o motivo do seu orgulho! Trata-se de uma das mais grossas árvores do nosso país, cuja cavidade do tronco guarda muitas histórias do tempo em que o castanheiro era o ponto de referência das brincadeiras das muitas crianças… Bem-haja Fernando Marques por tão bem cuidar deste monumento vivo.

Carvalho de Viseu

Espécie: Carvalho Alvarinho (Querqus Robur)
Idade: 384 anos
Altura: 45 metros
Perímetro do Tronco: 5 metros
Localidade: Viseu

Por entre espécies relíquias, como o azereiro, o azevinho e o loendro encontramos, no Parque Aquilino Ribeiro, imponentes exemplares de carvalho-alvarinho com longa história centenária. Outrora, plantados pelos frades Capuchos de S. Francisco, em 1635, são, actualmente motivo de admiração por quem visita o Parque.

Oliveira de Pedras D’ El Rey

Espécie: Oliveira (Olea Europaea L. Var. Europaea)
Idade: 2.210 anos
Altura: 10 metros
Perímetro do Tronco: 8 metros
Localidade: Pedras D’ El Rey, Tavira

Com recurso ao mapa do aldeamento, deambulamos por entre várias oliveiras antigas que assinalam, na paisagem, memórias e lides antigas. Representam autênticas testemunhas da passagem do tempo e de povos, quando nesta região existia um importante porto marítimo. Avistamos, finalmente, aquela que é a mais visitada. A sua dimensão e beleza não deixa ninguém indiferente. É, ainda, um local de culto, assinalada pela presença de um bonito motivo religioso no interior do seu enrodilhado tronco.

Carvalho de Calvos

Espécie: Carvalho Alvarinho (Quercus Robur)
Idade: mais de 500 anos
Altura: 30 metros
Perímetro do Tronco: 11.5 metros
Localidade: Póvoa do Lanhoso

Ao longo dos anos o Carvalho passou por várias intempéries, já revestiram a cratera do seu tronco a cimento, já expulsaram de lá colmeias com fumo, já fizeram fogueiras, já perdeu ramos, e muito mais aguentou o respeitável Ancião de muletas. Mas mora na lembrança da gente da terra pelos piqueniques, baloiços improvisados e namoricos. Ai se a Árvore falasse, teria tantos segredos a contar…

O Prior de Tibães

Espécie: Pinheiro Bravo (Pinus Pinaster Aiton)
Idade: 210 anos
Altura: 47 metros
Perímetro do Tronco: 4.11 metros
Localidade: Mire de Tibães, Braga

Esta árvore monumental está localizada na maior Cerca monástica preservada em Portugal, pertença do histórico Mosteiro de São Martinho de Tibães. O Prior de Tibães é a árvore mais imponente do jardim barroco construído pela ordem monástica Beneditina, que geriu o espaço até à sua expulsão, em 1834. Nos seus mais de 200 anos de vida, foi testemunha de inúmeros momentos históricos da região e do país, sendo actualmente um “monumento vivo” cuja memória merece reconhecimento.

Oliveira do Mouchão, a mais antiga de Portugal

Espécie: Oliveira (Olea Europea L. Var. Europaea)
Idade: 3.350 anos
Altura: 3.5 metros
Perímetro do Tronco: 11.2 metros
Localidade: Mouriscas, Abrantes

Os pescadores reuniam-se junto da Oliveira Velha e daí corriam para os pesqueiros. Quem primeiro chegava ao Tejo escolhia a Pesqueira do Mouchão, a melhor, daí a designação Oliveira do Mouchão. Mais de 3 milénios fizeram dela testemunha silenciosa de Fenícios aventureiros, de Celtiberos e de Romanos que se deliciaram com o seu azeite. À sua sombra, Cristãos e Muçulmanos selaram acordos. O vento que lhe assobiou nos ramos escutou a bravura de mourisquenses que combateram franceses invasores.

A Azinheira das Furnas

Espécie: Azinheira (Quercus Rotundifolia Lam.)
Idade: 150 anos
Altura: 20 metros
Perímetro do Tronco: 7 metros
Localidade: Lagoa das Furnas, Ilha de São Miguel, Açores

O que torna único este exemplar da Mata-Jardim José do Canto, na Lagoa das Furnas (ilha de São Miguel), é a sua dimensão verdadeiramente excepcional, a ponto de não ser facilmente reconhecível como azinheira. Além do porte invulgar para a sua espécie, este exemplar testemunha os extraordinários ensaios de aclimatação botânica levados a cabo por José do Canto (1820-1898).

Quercus do Instituto Superior de Agronomia

Espécie: Quercus X Coutinhoi Samp. (Híbrido entre as espécies Q. Faginea e Q. Robur)
Idade: 97 anos
Altura: 12 metros
Perímetro do Tronco: 2 metros
Localidade: Tapada da Ajuda, Lisboa

Vieira Natividade, aluno e Professor do ISA, apaixonou-se pelos carvalhos, concluiu o curso de engenheiro agrónomo em 1922 com o relatório “A Região de Alcobaça, Agricultura, População e Vida Rural”. Como lembrança pessoal, trouxe das matas do Vimeiro, um carvalho que plantou a meio do pátio central, que hoje é uma árvore imponente: “Com devotado carinho, fez transportar das matas do Vimeiro para o claustro do Instituto um carvalho português que ali representa a silva lusitânica”.

Elemento notável do Jardim Botânico do Porto

Espécie: Metrosideros Excelsa e Acer Palmatum
Idade: 80 anos
Altura: 16.7 e 15.7 metros
Perímetro do Tronco: 7.2 metros
Localidade: Porto

No Jardim do Rapaz de Bronze, crescem em perfeito equilíbrio duas árvores, um Metrosidero (Metrosideros excelsa) e um Bordo-do-Japão (Acer palmatum). Duas espécies distintas que, juntas resultam num forte elemento do espaço. As texturas e os tons contrastantes ao longo do ano tornam este conjunto alvo de grande interesse. O Metrosidero de folhas rijas contrasta com o bordo de copa leve e esvoaçante. E no Outono, os tons quentes do Bordo combinam com o verde escuro do Metrosidero”.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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2 comentários

  1. A arvore que vou votar é : CASTANHEIRO de VALES

  2. Gostei de todas, mas o castanheiro de vila pouca de aguiar foi o que mais me impressionou.

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