A produção de arroz no Baixo Mondego (região responsável por cerca de 1/6 da produção nacional desta cultura) foi negativamente afectada pela falta de calor e luminosidade ao longo do mês de Agosto, bem como pela incontrolável infestação de milhã.
Ainda assim, dizem os técnicos do Instituto Nacional de Estatística (INE) no seu Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Outubro de 2019, que com as restantes principais regiões produtoras (Lezíria de Vila Franca, Baixo Sorraia e Vale do Sado) a apresentarem searas com bons povoamentos e panículas bem desenvolvidas, foi possível compensar a ligeira diminuição da área semeada, prevendo-se uma produção próxima da alcançada na campanha anterior.
As colheitas iniciaram-se no final do mês, sendo as áreas colhidas ainda diminutas.
Setembro quente e seco
O mês de Setembro caracterizou-se, em termos meteorológicos, como quente e seco. Na primeira quinzena, e na sequência dos dias quentes de final de Agosto, verificou-se uma onda de calor em diversos locais da região Sul do País.
Quanto à precipitação, o valor registado, 19,8mm, corresponde a menos de metade da normal mensal 1971- -2000 (42,1mm), tendo-se observado precipitação superior a 1mm em apenas três dias (16, 17 e 21).
Reservas hídricas
Quanto às reservas hídricas, o volume de água armazenado nas albufeiras de Portugal continental encontrava-se nos 57% da capacidade total, inferior ao valor registado no final do mês anterior (61%) e ao valor médio de 64% (1990/91-2017/18).
Agricultura e Mar Actual