O presidente do CDS Madeira e candidato ao Governo Regional, Rui Barreto, diz que se vencer as eleições de 22 de Setembro, quer dar prioridade aos produtos alimentares regionais, sob a Marca Madeira.
Em declarações ao agriculturaemar.com, Rui Barreto explica que uma das propostas do partido, “que é uma bandeira do CDS, até já está aprovada, faltando apenas a sua regulamentação, passa por priorizar a aquisição de produtos regionais, sob a Marca Madeira”.
“Na contratação pública de refeições, devemos priorizar produtos regionais nas escolas, lares e hospitais”.
Diminuir a perda de água
Por outro lado, o líder do CDS Madeira defende que se deve “investir nos canais de água, na sua manutenção, conservação e melhoramento. A Ilha da Madeira é abundante em água, mas há muito desperdício”.
Segundo Rui Barreto, por exemplo, no concelho de Santa Cruz “há perdas de 72% e no Funchal de 60%, o que se reflecte no custo da água para os consumidores. Mas cria outro problema: tem havido falta de água para os agricultores”.
Renovar a frota pesqueira
Já no que diz respeito à actividade pesqueira, para Rui Barreto “é preciso reinvestir na reconversão da frota. Veja o caso de Câmara de Lobos que tem uma frota pesqueira, principalmente dedicada ao peixe-espada, muito envelhecida. E o mesmo acontece no Machico, que se dedica mais à pesca do atum”.
O CDS propõe-se ainda a reforçar as verbas dedicadas à investigação, à ciência e à tecnologia, “área onde o Governo Regional apenas investe 0,3% do produto interno bruto da Região”. “Queremos fazer crescer estas verbas até 1,5% do PIB, apesar das recomendações da União Europeia apontarem para os 3%”, reforça o líder madeirense do CDS.
“Esta medida é muito importante pois ajuda-nos a conhecer melhor os nossos recursos marinhos e a ajudar a melhorar as negociações das quotas de pesca com a UE. Temos um programa para transformar positivamente a Madeira”, acrescenta aquele responsável.
A “chantagem” de Costa
Por outro lado, Rui Barreto afirma que António Costa “não cumpriu com o financiamento de 50% para a construção do novo hospital público da Madeira, conforme se tinha comprometido”. E que não cumpriu o primeiro-ministro “não cumpriu com a revisão do subsídio social de mobilidade para residentes na Madeira. Que já devia ter revisto a portaria há 3 anos. E não reviu a taxa de juro do empréstimo da República à Região. O Estado português está a ganhar dinheiro com o empréstimo que fez à Região”.
Para o presidente do CDS Madeira “o António Costa veio à Madeira fazer chantagem com os madeirenses, porque veio dizer que apoiaria, ao abrigo do princípio da continuidade territorial, a ligação ferry marítima de mercadorias e passageiros entre a Madeira e o continente, caso vencesse o candidato socialista. Isto é inadmissível para os madeirenses. Ele é o primeiro-ministro dos portugueses e não dos socialistas madeirenses”.
Pode ler a entrevista a Rui Barreto, por Carlos Caldeira, para o Insular de Notícias, aqui.
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