A Estação de Avisos Agrícolas da Terra Quente publicou a sua Circular de Avisos nº 5, dedicada à mosca-da-azeitona (Bactrocera (Dacus) oleae). E recomenda um tratamento com os produtos homologados, e na próxima colheita, apanhar e destruir o maior número de frutos que existam nas árvores.
Segundo aquela Circular, a mosca-da-azeitona em geral passa o Inverno, na fase de pupa enterrada a cerca de 2 cm no solo, só em casos excepcionais é que vai para além desta profundidade. Havendo alguns insectos que não chegam a completar o seu ciclo, e neste caso, em climas mais amenos, a mosca pode ficar no interior das azeitonas atacadas que tenham ficado por colher, uma parte desta população pode mesmo passar o Inverno no estado adulto.
Os adultos iniciam a sua actividade em Abril, início de Maio e procuram de imediato o alimento, o néctar de origem vegetal, ou meladas de origem animal. Estes dípteros podem voar para grandes distâncias, colonizando assim novos olivais, quando as azeitonas atingem o grão de ervilha até ao endurecimento do caroço.
Acrescenta a Estação de Avisos Agrícolas da Terra Quente que as fêmeas com o ovipositor, põem um ovo por fruto, em pequenas câmaras que escava, sob a epiderme, de onde saem as larvas, que se vão alimentar do mesocarpo. É esta fase que ocorre neste momento.
Prejuízos
Acrescenta aquela Circular que os prejuízos são bem nítidos a “olho nu”, pois por exemplo na azeitona de conserva só a picada quando da postura, origina frutos manchados, retirando-lhe o valor comercial.
Em relação à azeitona para azeite, os estragos podem ser: Quantitativos, que são devidos ao consumo de polpa, e à queda prematura da azeitona. Qualitativos, aumento da acidez do futuro azeite.
A monitorização desta praga efectua-se recorrendo ás armadilhas MCPhaill, armadilhas adesivas amarelas com feromonas e à observação visual de frutos.
O nível económico de ataque, é determinado em 10 azeitonas de cada árvore, e em 20 oliveiras do olival. No caso da azeitona de conserva, é de 1% de formas vivas.
Tratamento
Para as azeitonas com destino ao azeite, o N.E.A. é de 8 a 12% de frutos com larvas vivas. Porque foi atingido o N.E.A., a Estação de Avisos Agrícolas da Terra Quente recomenda um tratamento com os produtos homologados, e na próxima colheita, apanhar e destruir o maior número de frutos que existam nas árvores.
Em produção biológica, aplique biopesticidas à base de espinosade, spintor, spintor isco e success.
Agricultura e Mar Actual