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Estação de Avisos de Entre Douro e Minho alerta para míldio e podridão cinzenta e negra na vinha

A Estação de Avisos de Entre Douro e Minho recomenda medidas preventivas contra o míldio, oídio, podridão cinzenta e podridão negra na vinha.

Diz a Circular 11/2019 daquela Estação de Avisos que é fundamental, além da aplicação de fungicidas, adoptar medidas culturais e preventivas, que ajudem ao arejamento e evitem a manutenção de excessiva humidade na vinha, tais como:

  • Desfolha moderada e cuidadosa, retirando folhas por baixo e mantendo os cachos protegidos de eventual escaldão ou de imprevisíveis saraivadas de verão; na desfolha deve aproveitar para retirar as folhas amarelas ou meio-secas, que já não são úteis à videira;
  • Despampa moderada, para não favorecer a formação de netas (retirar também os pâmpanos situados na face inferior do tronco cordão) ● manutenção das netas na parte cimeira da sebe, onde sejam necessárias para ajudar a proteger os cachos de escaldão;
  • Desladroamento (cortar os pâmpanos “ladrões”, nascidos no tronco, abaixo da zona de produção, que retiram energia à videira e dificultam o arejamento) ● corte regular da erva espontânea ou dos enrelvamentos ● evitar a formação de poças de água na vinha.

Os tratamentos devem ser cuidadosamente aplicados:

  • Caldas nas doses e concentrações recomendadas (nem mais, nem menos)
  • Os bicos bem regulados
  • Velocidade adequada do tractor
  • Adaptar o volume de calda a aplicar por hectare, tendo em conta a massa de vegetação da vinha que, nesta altura, atinge já o seu máximo.

Míldio (Plasmopara vitícola)

Dizem os técnicos da Estação de Avisos de Entre Douro e Minho que observaram em vinhas não tratadas ou descuidadas, fortes ataques de míldio nas folhas e nos cachos. Isto significa que o fungo mantém o seu potencial infeccioso, não sendo de descurar o seu combate nesta fase.

Se a vinha não está protegida neste momento, os técnicos aconselham que aplique um fungicida de acção preventiva-curativa, que pode conter cobre, sobretudo se a vinha se situar em local atreito a nevoeiros frequentes e a orvalhos.

Sempre que possível, utilize nos tratamentos contra o míldio, fungicidas polivalentes, com acção simultânea contra o blackrot e contra o oídio.

Para evitar o futuro aparecimento de resistências aos fungicidas, alterne os produtos a utilizar durante o período de tratamentos, utilizando especialidades de famílias químicas diferentes.

Para combate ao míldio da videira no Modo de Produção Biológico, são autorizados produtos à base de cobre.

Oídio (Erysiphe necator)

Realça aquela Estação de Avisos que não deve descuidar a protecção contra o oídio, sobretudo nas vinhas habitualmente mais afectadas e nas castas tidas como mais sensíveis.

Recomenda-se a aplicação de enxofre, molhável (numa concentração elevada) ou polvilhável, que também tem boa eficácia contra os ácaros (erinose, acariose, aranhiço vermelho, aranhiço amarelo). Ter em conta que, com temperaturas acima de 30o C, o enxofre pode ter efeitos fitotóxicos (causar algumas “queimaduras” nas folhas e nos cachos).

Para combate ao oídio da videira no Modo de Produção Biológico, são autorizados produtos à base de enxofre e de hidrogenocarbonato de potássio (Armicarb, Vitisan).

Podridão Negra (BLACK-ROT) (Guignardia bidwellii)

A partir da alimpa (J – 69-71), os bagos em crescimento tornam-se susceptíveis a esta doença. Deve proceder a um tratamento preventivo, quando for prevista a ocorrência de um período de chuva. 2 Publicamos uma versão corrigida do quadro dos fungicidas homologados para black-rot (Quadro 2).

Podridão Cinzenta dos cachos (Botrytis cinerea)

Explica a Circular 11/2019 que o terceiro tratamento standard deve ser feito ao fecho do cacho, que está agora a completar-se na generalidade das castas.

Na aplicação do fungicida, deve molhar muito bem o cacho, procurando que a calda penetre bem no seu interior e aí permaneça.

Para o combate à podridão cinzenta no Modo de Produção Biológico estão homologados fungicidas à base de Aureobasidium pullulans (Botector), de Bacillus subtilis (Serenade Max), de Bacillus amyloliquefaciens MBI 600 (Serifel), de Pythium oligandrum (Polyversum) e de hidrogenocarbonato de potássio (Armicarb).

Por outro lado, os fungicidas à base de cobre, utilizados na protecção contra o míldio e contra o blackrot, têm efeitos secundários, mas importantes, no controlo da podridão cinzenta.

A a Circular 11/2019 tem ainda recomendações  sobre a síndrome da esca, a traça da uva, a drosófila-de-asa-manchada, a cigarrinha da flavescência dourada e a cigarrinha verde.

Pode consultar a Circular completa aqui.

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